Do incêndio do Reichstag ao 11 de Setembro
por Jerry Russell
Segundo o famoso historiador
William Shirer
e
muitos outros
, está
estabelecido "para além de qualquer dúvida
razoável" que em 27 de Fevereiro de 1933 infiltrou-se no
edifício do Reichstag (o parlamento alemão) uma equipa de
comandos de Hitler que utilizou combustíveis líquidos para
provocar rapidamente um imenso braseiro. Antes de o incêndio estar
apagado, Hitler declarou que aquele horror devia ter sido da responsabilidade
dos comunistas.
Segundo parece, o público alemão acreditou de forma geral que
Hitler estava a dizer a verdade; foi aprovada a Lei de Autoridade que deu a
Hitler poderes de ditador e nas eleições gerais alguns
dias depois, os nacionais-socialistas cimentaram a sua influência no
governo alemão. Os líderes comunistas foram julgados, acusados de
participarem numa vasta conspiração para destruir o Reichstag
e, por acréscimo, o próprio povo alemão. Por fim,
começou um massacre dos comunistas que culminou anos depois, na
Segunda Guerra Mundial, na guerra da Alemanha contra a União
Soviética que matou dez milhões de pessoas ou mais.
Um dos pontos na longa lista de provas quanto ao papel da
conspiração dos nazis no incêndio do Reichstag é o
testemunho ocular de um membro das SA chamado Adolf Rall, que proferiu a sua
acusação numa entrevista à revista
Pariser Tagiblatt
e foi posteriormente assassinado pelos nazis. No julgamento de Nuremberga
apareceram outros testemunhos sobre o mesmo caso. As análises
técnicas do alastramento do fogo também levaram à
conclusão de que este espalhou-se tão rapidamente que só
poderia ter sido posto por uma equipa organizada de incendiários.
Infelizmente, desapareceu uma outra fonte de testemunho potencial
soube-se que toda a equipa de comandos SA, denunciada por Rall, foi morta pelos
nazis em 1934. O padrão das mortes parece indicar que foi levada a
efeito uma operação de encobrimento do crime.
A equipa de Hitler também tratou de arranjar um "bode
expiatório" para o cenário do Reichstag. Um jovem comunista
holandês, meio cego, chamado Marinus van der Lubbe, tivera um encontro
com a polícia alemã alguns dias antes. Segundo alguns relatos,
tentara lançar fogo
a um escritório de desempregados pouco tempo
antes; e houve quem o ouvisse
falar num bar
, ameaçando incendiar o
próprio Reichstag. Ora bem, dado que van der Lubbe era suspeito de um
crime, e se sabia que ele andava a tramar outro, seria de pensar que os nazis o
mantivessem prudentemente sob prisão. Mas deixaram-no à solta e,
com um estranho sincronismo, van der Lubbe foi apanhado a lançar fogo ao
Reichstag exactamente quando os homens de Hitler estavam a acabar o seu
trabalho. No julgamento, os peritos de Hitler apresentaram provas conclusivas
de que van der Lubbe não podia ter iniciado o incêndio sozinho,
portanto tinha que haver uma conspiração. No entanto, no
julgamento, toda a direcção comunista acabou por ser absolvida de
responsabilidades, dados os seus fortes alibis. Van der Lubbe testemunhou
repetidas vezes que era o único responsável pelo fogo, e portanto
só ele foi condenado e executado.
Ainda hoje nem toda a gente está convencida do papel conspirativo dos
nazis no incêndio. Alguns historiadores mantêm que foi mesmo van
der Lubbe sozinho quem ateou o fogo, e que Hitler foi acusado injustamente
neste caso. Talvez que, dada a natureza inflamatória da
acusação, seja melhor concentrarmo-nos noutros aspectos do
acontecimento. A resposta ilógica de Hitler ao acusar todo um movimento
político, e por fim todo um país pelas pretensas
acções de apenas alguns indivíduos; a urgência do
julgamento e a ânsia de atirar as culpas para uma "vasta
conspiração comunista" antes de as cinzas terem arrefecido;
o encobrimento e as misteriosas mortes de todos os envolvidos no incidente; e
as acções para esmagar os direitos e as liberdades individuais na
Alemanha, em conjunto com o estertor da democracia alemã e o
início da guerra mundial. Mesmo que não tivessem sido os
apaniguados de Hitler a lançar fogo directamente ao Reichstag, de
certeza que a resposta de Hitler foi mais do que suficiente para conquistar o
desprezo da história.
Apesar de tudo, de todas as provas circunstanciais e de todos os testemunhos
que apontam para a culpa de Hitler no incêndio do Reichstag,
também é esclarecedor olhar para os que proclamam confiantemente
a sua inocência. Uma dessas figuras é o
jornalista Sefton Delmer
, que em 1961 escreveu no seu livro
"Trail Sinister"
que "a lenda
de que 'foram Hitler, Göring e Goebbels a fazê-lo' foi
cuidadosamente desmantelada". Delmer, que foi membro do círculo
interno de Hitler em 1933, forneceu grande quantidade de detalhes coloridos de
testemunhos oculares que pretendiam apoiar a inocência de Hitler; provas
que pouca gente confirma, para dizer o mínimo. No entanto, acontece que
a história da vida de Delmer é muito interessante: foi recrutado
em 1940 pelo Executivo das Operações Especiais Britânicas
para organizar programas de rádio de "propaganda suja"
destinadas à Alemanha. Nesta sua faceta de informação
secreta, acaba de ser acusado de inventar uma fracassada invasão nazi da
Grã-Bretanha fora de qualquer contexto, segundo notícias da
BBC
.
A lição a tirar é que é importante saber quando
é que entramos na sala dos espelhos criada pelos operacionais das
informações. Porque é que um jornalista britânico
iria ultrapassar as suas funções para absolver Hitler? É
difícil explicá-lo à luz de qualquer análise
convencional, mas mesmo assim entendo que é possível e acontece
mesmo. Talvez pelas mesmíssimas razões que
americanos como
Prescott Bush e George Herbert Walker, os fundadores da dinastia Bush,
trabalharam tão afincadamente para
financiar os camisas castanhas de Hitler
e pelas mesmas razões por que muitos
operacionais das informações alemãs
foram
incorporados nos serviços americanos de informações
depois da II Guerra Mundial, para criar
a
CIA ainda em embrião
.
Já passaram mais de setenta anos desde o incêndio do Reichstag, e
por isso temos o benefício de uma certa perspectiva histórica.
Só passaram pouco mais de dois anos
[1]
desde o 11 de Setembro, e por isso ainda estamos a acumular parte dessa mesma
noção de perspectiva. Apesar disso, podemos ver hoje claramente
que a guerra foi desencadeada, primeiro no Afeganistão e depois no
Iraque, e que foram os ataques de 11/Set que lhe serviram de
justificação. Em 4 de Novembro de 2003, ao falar das
últimas baixas americanas no Iraque,
o presidente Bush afirmou
:
"Estamos em guerra, e é essencial que o povo americano não
se esqueça das lições de 11 de Setembro de 2001".
Isto, apesar do facto de não ter aparecido nenhuma prova crível
que ligue o 11/Set ao Iraque. Portanto, encontramos aqui a primeira analogia
com o Incêndio do Reichstag: uma campanha para transformar em bode
expiatório uma população inteira (neste caso, os islamitas
do Médio Oriente) por conta das acções de alguns e, em
conjunto com isso, uma agressiva campanha de guerra.
Outro paralelo evidente é que houve um encobrimento ou pelo menos uma
notável falta de interesse das autoridades e dos media predominantes no
acompanhamento das anomalias do 11/Set. Reparem, por exemplo, no
insider trading
[2]
que foi investigado por Mike Ruppert, Tom Flocco e Kyle Hence. Obviamente, se
quiséssemos saber quem foram os verdadeiros responsáveis pelos
ataques de 11/Set, seria útil saber quem conseguiu ter conhecimento
deles com antecedência. No entanto,
como Rupert faz notar no seu s&íacute; web
:
Para citar os 60 Minutes de 19 de Setembro, "Algumas fontes dizem à
CBS News que na noite anterior ao ataque, soaram campainhas de alarme por
negócios fora do vulgar no mercado de acções
americano".
É difícil de acreditar que não repararam:
que as vendas de acções da UAL deram um salto de 90 vezes
(não de 90 por cento) acima do normal entre 6 e 10 de Setembro, e foram
285 vezes mais altas do que a média na quinta-feira anterior ao ataque. [
CBS News,
26/Set).
que as vendas de acções das American Airlines deram um salto de
60 vezes (não de 60 por cento) acima do normal no dia anterior aos
ataques. [
CBS News,
26/Set).
que não ocorreram negócios semelhantes em mais nenhuma
companhia de aviação. [
Bloomberg Business Report,
o Instituto para o Contraterrorismo (ICT), Herzliyya, Israel citando dados da
CBO].
A
ABC World News
noticiou em 20 de Setembro: "Jonathan Winer, consultor da
ABC News
disse que 'nunca se viram anteriormente casos de
insider trading
que se estendessem pelo mundo inteiro desde o Japão aos Estados Unidos,
à América do Norte, à Europa".
Quanto dinheiro esteve envolvido? Andreas von Bulow, antigo membro do
Parlamento alemão responsável pela supervisão dos
serviços de informações da Alemanha calculou o montante
mundial em 15 mil milhões de dólares, segundo a
Tagesspiegel
de 13 de Janeiro. Outros especialistas calcularam a quantia em 12 mil
milhões...
Nem uma única organização de investigações
americana ou estrangeira anunciou quaisquer detenções ou
desenvolvimento na investigação destes negócios, que
provam à saturação o conhecimento antecipado dos ataques.
Isto, apesar de o antigo chefe da aplicação da Comissão de
Câmbio e Segurança, William McLucas, ter dito à Bloomberg
News que os reguladores "certamente conseguiriam localizar todos os
negócios".
Conforme Ruppert também fez notar, sabemos exactamente onde é que
a pista ia ter, quando de repente se desvaneceu:
o negócio das acções das United Airlines uma das
pistas mais evidentes foi feito pela firma Deutschebank/Alex Brown, que
foi chefiada até 1998 pelo homem que é hoje o director executivo
da CIA, A.B. "Byzzy" Krongard.
Mas, para além do encobrimento e da utilização
política e uso indevido do 11/Set, que provas é que temos de uma
verdadeira cumplicidade do governo americano? Como escreveu o colunista da
internet
David McGowan
:
comecemos com o que é talvez a única prova incontroversa, no caso
a nossa própria observação, enquanto testemunhas, do que
naquele dia se passou em directo na televisão.
Dezenas de milhões de pessoas em todo o país testemunharam o que
aconteceu, e ficaram com as imagens daquele dia gravadas na memória. Mas
o que queremos focar aqui é aquilo que não vimos acontecer
naquele dia, porque algumas das evidências mais convincentes residem, de
forma bastante estranha, naquilo que ninguém viu acontecer naquele dia.
Por exemplo, ninguém viu serem tomadas quaisquer medidas de defesa
durante todo o tempo que durou aquele longo espectáculo. Absolutamente
nenhumas.
Ninguém viu quaisquer jactos no ar para interceptar qualquer dos
aviões desviados, embora se conhecesse a sua localização e
rotas e tivesse havido mais que tempo para uma reacção militar.
Ninguém viu quaisquer jactos no ar para garantir a defesa do
espaço aéreo sobre Washington, embora se soubesse que alguns dos
aviões desviados se dirigissem naquela direcção, e
houvesse interceptadores sentados na pista de descolagem a alguns minutos
apenas desses prováveis alvos.
E, de forma muito estranha, ninguém viu ou ouviu nenhum pedido dos
responsáveis da televisão para uma resposta de qualquer das
forças militares, nem nenhuma interrogação sobre porque
é que tal resposta ainda não se tinha concretizado. Nada depois
do embate na primeira torre do WTC. Nada depois do embate na segunda torre do
WTC. Nada durante o longo intervalo angustiante antes de ser atingido o
Pentágono. Nem sequer depois do embate contra o Pentágono.
Ficámos todos na situação de continuarmos sentados cheios
de medo e de assistirmos indefesos enquanto o ataque continuava e o
número de mortos aumentava, encorajados a sentirmo-nos impotentes,
não só como indivíduos, mas como nação
como se não tivéssemos outra opção
senão participar apenas como espectadores passivos, a observar
estupefactos a carnificina que se desenrolava.
Portanto, os acontecimentos do 11/Set foram orquestrados de modo a criar
sentimentos de medo e impotência perante um ataque de surpresa
medos que foram depois explorados pelas imagens da administração
Bush de que o moribundo programa de armas nucleares iraquianas podia vir a ser
reiniciado e aparecer depois sob a forma de uma núvem cogumelo sobre uma
cidade americana.
No entanto, é precisamente na
estranha falta de reacção dos militares americanos em 11/Set
, que temos a nossa primeira prova da
verdadeira cumplicidade do governo americano. Porque como é que os
terroristas podiam levar ao fracasso da reacção ao ataque ao
Pentágono? Como Bykov & Israel fizeram notar no seu
revolucionário artigo
"Guilty for 9-11 Bush, Rumsfeld, Meyer"
(A Culpa do 11/Set é de Bush, Rumsfeld e Meyer):
Parte do que aconteceu em 11/Set, tal como aviões a embater em
edifícios, é fora do vulgar. Mas a maior parte do que aconteceu,
tal como jactos comerciais a desviarem-se das suas rotas, falhas nas
transmissões e possíveis desvios de aviões, são
emergências do dia-a-dia... estas emergências são tratadas
de forma rotineira com a eficácia de especialistas baseada em regras
claras.
Bykov & Israel continuam argumentando de forma convincente que, dada a natureza
hierárquica e dividida da cadeia de comando das forças militares
americanas, é impossível que estes procedimentos tivessem falhado
tão espectacularmente a não ser que houvesse
ordens explícitas, vindas directamente do topo
, anulando procedimentos de
reacções standard.
O incêndio do Reichstag dá-nos mais uma pista para percebermos
como a compreensão dos acontecimentos de 11/Set apontam muito
cuidadosamente para o alegado perpetrador do crime. Que tipo de bode
expiatório foi atirado para a frente como responsável pelo
desastre?
Tal como no caso do Incêndio do Reichstag, houve uma
precipitação no julgamento feito pelo governo americano e pelos
media após a catástrofe: foi imediatamente anunciado que Osama
bin Laden e a Al-Qaida eram a única organização com
capacidade e hostilidade para uma coisa daquelas. Em poucos dias foram
publicados os nomes e as fotos dos alegados terroristas, e afirmou-se que as
provas que os relacionavam com a Al-Qaida estavam fora de discussão. No
entanto, os detalhes foram aparecendo a custo e lentamente, com ajustes
contraditórios e aos soluços. Só agora, dois anos depois,
temos uma razoável narrativa completa de fontes oficiais, no que se
refere aos alegados mecanismos de organização e
actuação dos terroristas. Segundo essa versão, o
cérebro Khalid Sheikh Mohammed (sob o olho vigilante de Osama Bin Laden)
reuniu uma equipa de terroristas chefiados por Mohammed Atta e Ramzi
Binalshibh. Os terroristas foram para os Estados Unidos para aprenderem a
pilotar e os fundos foram fornecidos por um financiador chamado Mustafa Ahmad
Al-Hiwasi.
A história foi tratada recentemente num artigo do
Der Spiegel,
traduzido e reimpresso no
New York Times,
intitulado "Operation Holy Tuesday" (Operação
Terça-Feira Santa) que apareceu em 27 de Outubro de 2003. O artigo
relata a "confissão" feita pelo
alegado cérebro, Khalid Sheikh Mohammed
. E transmite pelo menos uma mensagem clara de que esta
"confissão" foi obtida sob tortura. O artigo afirma
Os interrogadores americanos nunca tiveram dúvidas sobre o objectivo das
suas funções. Segundo a CIA, é de interesse nacional que
deve ser-lhes arrancado tudo o que os dois homens saibam sobre a Al-Qaida.
"O silêncio deles é pago com o nosso sangue". Até
alguns políticos americanos mostraram desagrado com esta abordagem do
tipo ultimato. Sem mencionarem especificamente a palavra "tortura",
os membros das comissões dos serviços de
informações no Congresso americano perguntaram se estava a ser
utilizada a força. "Tudo o que posso dizer é que há
um antes e um depois do 11 de Setembro", respondeu Cofer Black, antigo
director da contra-informação da CIA e actualmente
responsável pelas mesmas funções no Departamento de
Estado. Acrescentou que "tirámos as nossas luvas de
criança".
Omar al-Faruk, uma espécie de representante de Bin Laden no sudeste
asiático até ser preso, revelou exactamente o que é que
isto significa. Na sua cela de isolamento em Bagram, a luz mantinha-se acesa
dia e noite e Faruk era forçado a deitar-se no chão durante a
noite. Os interrogadores subiam a temperatura da cela bruscamente para uns
38º C tropicais e depois faziam-na descer para uns gelados -12º C,
continuando este ciclo até ele estar disposto a cooperar.
Ora bem, o que eu penso é que confissões obtidas nestas
condições valem menos que nada. E, se a prova mais forte da
história oficial é uma confissão obtida numa
câmara de tortura secreta
, penso que isso transmite uma mensagem suficientemente
clara do desprezo que aqueles responsáveis têm pela verdadeira
justiça e pela verdade. Este é outro paralelo alarmante com os
acontecimentos do Incêndio do Reichstag: uma deterioração
total do respeito pelos direitos humanos.
Há ainda muito mais coisas que podemos aprender com a história
oficial e a sequência com que foi publicada. Com um pomenor completo e
meticuloso,
Chaim Kupferberg
do sítio canadiano da internet
GlobalResearch.ca
,
constrói o seu processo de que a história dos terroristas de
11/Set é um conto
improvisado
, fabuloso, tecido em torno de um pequeno
grupo de figuras misteriosas de identidade duvidosa cujas vidas estavam
ligadas às organizações dos serviços de
informações da New World Order numa série espantosa de
sincronismos.
Segundo Kupferberg, os contornos protótipos da lenda do 11/Set foram
revelados em 1995, quando Ramzi Yousef, que foi o responsável pela
tentativa de fazer explodir uma bomba em 1993 no Worl Trade Centre (juntamente
com o espião do FBI Emad Salem), foi preso nas Filipinas. Disse-se que o
disco do computador dele continha planos para um projecto chamado
"Bojinka"
que envolvia simultaneamente desviar vários
aviões de passageiros, destruí-los, ou atirá-los contra
edifícios como o World Trade Centre, instalações de
energia nuclear, e por aí fora. Khalid Shaikh Mohammed foi identificado
na altura como parte integrante deste embrião da
conspiração da Al-Qaida. Kupferberg escreveu:
Para falar francamente, se o aparelho dos serviços de
informações ficou marcado como um falhanço na
"ligação dos pontos" do 11 de Setembro, a verdade
é que esses pontos começaram a ser alinhados muito a preceito
pelos media predominantes logo em Abril de 1995.
Nos dias que se seguiram logo ao 11/Set, ao mesmo tempo que a
administração continuava a dizer que tinha sido totalmente
apanhada de surpresa pelos ataques também afirmava com toda a
segurança que os ataques só podiam ter sido obra de Bin Laden e
da Al-Qaida. A verdade é que, evidentemente, os ataques não
podiam ter sido uma surpresa, pelo menos no sentido de que as
organizações dos serviços de informações
estavam totalmente informadas quanto à conspiração e
às suas principais características já em 1995.
Quando a equipa dos terroristas foi identificada, ficámos a saber factos
ainda mais intrigantes. Os terroristas foram principalmente recrutados para a
Al-Qaida por dois pregadores, Abu Hamza em Londres e Mohammed Haydar Zammar em
Hamburgo. Kupferberg diz
a realidade é que, com uma população de mais de mil
milhões de aderentes, e um leque geográfico que se estende desde
o Estreito de Gibraltar na África ocidental até ao extremo
oriental da Ásia, o Mundo Muçulmano parece não ter sido
capaz de fornecer à Al-Qaida as células operativas mais dedicadas
e mais sofisticadas. Contrariamente ao que se podia pensar, o inferno do 11/Set
não foi concebido nos bairros de lata mal cheirosos de Gaza, onde as
privações e a amargura alimentam o ódio
inter-gerações contra os ocidentais e judeus. Pelo
contrário, a tensão estranhamente sofisticada do terrorismo
muçulmano que foi atribuída à Al-Qaida, foi incubada
principalmente no seio de uma rede insular no Reino Unido e na União
Europeia, onde era fácil seguir e exibir como prova definitiva da
autoria do 11/Set uma pista convenientemente incriminadora.
Mais uma vez, recordamo-nos do incêndio do Reichstag, em que foi um jovem
holandês que assumiu a responsabilidade directa, embora o bode
expiatório fosse uma população muito mais alargada de
comunistas europeus e russos.
Os terroristas, depois de terem sido recrutados para a Al-Qaida, demonstraram o
fascinante hábito de realizar reuniões em hotéis
elegantes, apenas com alguns dias de intervalo de reuniões
contra-terroristas nesses mesmos hotéis, onde estiveram presentes
pessoas como os funcionários do FBI Robert Mueller e John O'Neill.
Depois dirigiram-se para os EU para aprenderem a pilotar. Ora bem, esses
terroristas não eram o tipo de jovens que normalmente conseguissem com
facilidade obter vistos para entrar nos EU em condições normais.
Desempregados, com instrução incompleta também sem
relações no interior, representam aquele tipo de pessoas (e
há milhões ou mesmo milhares de milhões como eles) que
não conseguem pura e simplesmente arranjar uma entrada legal nos Estados
Unidos. No entanto, apesar das suas ligações bem conhecidas com
organizações terroristas nalguns casos, os terroristas vogaram
com limpeza por entre o sistema.
Alguns dos terroristas aprenderam a pilotar na Florida, onde, segundo o
trabalho investigativo do antigo Produtor Executivo da NBC News, Daniel
Hopsicker:
os indícios apontam para que a CIA não só tinha
conhecimento que milhares de aprendizes de pilotos árabes
começavam a invadir os EU para participar em treinos de pilotagem desde
1999, mas na verdade era ela própria quem estava a
dirigir essa operação.
Foi montada uma outra célula em San Diego, onde os terroristas
Nawaf Alhazmi e Khalid Almihdhar
se instalaram em casa do informador do FBI,
Abdussattar Shaikh, de que o alegado piloto do voo 77, Hani Hanjour, era visita
frequente.
Não só é difícil deixar de concluir que os
serviços de informações americanos estavam a conspirar
passo a passo conjuntamente com os terroristas, mas também é
evidente que havia outras importantes organizações de
serviços de informações em todo o mundo que conheciam bem
os planos para o 11 de Setembro, e que
informaram o governo americano
, por
vezes com grande pormenor, conforme Paul Thompson e
Mike Ruppert
documentaram.
Há muitas perguntas sem resposta sobre o verdadeiro papel dos
terroristas no 11/Set. Como é que os terroristas iludiram a
segurança do aeroporto, como é que eles conseguiram embarcar nos
aviões sem serem fotografados pelas câmaras de segurança
(ou, porque é que essas fotos nunca foram publicadas), como é que
foram capazes de fazer voar os aviões com êxito até aos
seus destinos apesar de terem tido muito pouco treino directamente relacionado
com aviões a jacto Boeing (incluindo as manobras acrobáticas por
parte do piloto com menos treino,
Hani Hanjour
) e, claro, se eram mesmo eles
que estavam nos aviões, todas estas questões se mantêm em
aberto e em discussão.
Foram os terroristas do 11/Set os verdadeiros perpetradores dos crimes do
11/Set (independentemente de como poderão ter sido ajudados no seu
objectivo destrutivo pelo governo americano) ou na verdade não passaram
de bodes expiatórios, actores figurantes num drama em que os verdadeiros
perpetradores do crime estavam escondidos por detrás dos bastidores?
Isso é uma outra longa história, e não tenho
hipóteses de entrar nela por agora, mas há um conjunto cada vez
maior de indícios judiciais que indicam que os terroristas possivelmente
não conseguiriam causar todos os danos que aconteceram em 11 de
Setembro. A analogia com o incêndio do Reichstag também pode ser
completada com o seguinte: na minha opinião, os comandos da New World
Order foram os
verdadeiros
incendiários
do 11/Set, tal como os
apaniguados de Hitler foram os responsáveis que atearam o incêndio
em 1933. No
meu sí web
, e no novo site
physics911.org
, que recomendo
vivamente, podem ler mais sobre este assunto.
AGRADECIMENTOS
A analogia com o incêndio do Reichstag surgiu na Internet horas
após os ataques, num excelente artigo de análise intitulado
"Making a Case for 911 skepticism"
de John McCurdy. A minha
introdução mencionando esta analogia vem do autor anónimo
de
uma peça chamada "The Rise of the Fourth Reich", que foi
publicada em
http://www.whatreallyhappened.com/reich.html
.
[1] Este artigo foi escrito em 2003, com base numa palestra da autora no Eugene
Forum for Peace Education no dia 11 de Setembro desse ano.
[2]
insider trading
compra ou venda de acções de uma empresa por parte de
alguém ligado à respectiva administração ou a
instituições de intermediação financeira e que,
tendo, no exercício das suas funções, acesso a
informação sigilosa sobre a situação da empresa e
as suas perspectivas de futuro, aproveita essa informação para
obter ganhos fáceis.
O original encontra-se em
http://www.911-strike.com/reichstag.htm.
Tradução de Margarida Ferreira.
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/
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