O ébola e a dívida
por Jubilee Debt Campaign
O ébola já ceifou as vidas de mais de 6000 pessoas na
África Ocidental.
Trabalhadores da saúde combatem dia e noite a fim de tratar e conter a
doença, com grande risco pessoal. Muitos não são pagos
há meses.
Mas duas semanas atrás o governo de Serra Leoa foi forçado a
fazer o pagamento de uma dívida de US$685 mil ao Fundo Monetário
Internacional.
E mais outro pagamento de US2 milhões está marcado para a próxima
semana.
É preciso que o FMI e o Banco Mundial cancelem a dívida dos países que agora combatem o ébola.
Na cimeira do G20 na Austrália, no mês passado, lideres mundiais
começaram a aceitar que é necessário uma
redução da dívida. Eles prometeram US$300 milhões
em "empréstimos, reduções de dívida e
doações" para o combate ao ébola através do
FMI.
Contudo, o FMI gastou quase um mês a discutir quanto desta promessa
será cumprida através de cancelamentos de dívida e
doações e quanto através de novos empréstimos.
Enquanto isso o chefe do Banco Mundial disse que cancelamento de dívida
"não é algo que eu possa simplesmente acenar com a
mão e fazer".
No total, US$100 milhões devem abandonar a Libéria, Serra e
Guiné como reembolsos de dívida no ano de 2014, montante que se
eleva a US$130 milhões em 2015.
Os sistemas de saúde nestes países já estavam em ponto de
ruptura antes desta crise. Eles não podem arcar com uma hemorragia de
milhões de dólares nas suas economias num momento em que cada dia
conta muito no combate a esta doença assustadora.
É tempo de cancelar a dívida.
Actue agora:
www.jubileedebt.org.uk/ebolaaction
O custo estimado total da epidemia
(outbreak)
na África Ocidental já vai em US$2 mil milhões.
Na Serra Leoa, há um médico para cada 40 mil pessoas. Na
Libéria, há um para cada 80 mil.
Mas o FMI, que obteve um excedente de US$9 mil milhões com os seus
empréstimos ao longo dos últimos três anos, está a
considerar oferecer
empréstimos,
não reduções de dívida e doações.
Se eles assim fizerem, os povos da África Ocidental terão de
pagar o preço do ébola durante longos anos a partir de agora.
O cancelamento da dívida é um meio rápido e eficaz de
rapidamente libertar dinheiro para os governos dos países afectado. E
sabemos que o mundo rico pode permitir-se.
Agora precisamos criar a pressão política para fazer com que isto
aconteça.
Ajude a impedir que a Libéria, Serra Leoa e Guiné sejam abandonadas com a herança da dívida do ébola. Actue agora.
Outras leituras
1. Battle over whether G20 'deal' will leave Ebola countries more indebted, 2
December 2014,
jubileedebt.org.uk/...
2. The social, political and ecological pathologies of the Ebola Crisis cannot
be ignored, 3 November 2014,
www.medact.org/...
3. Sierra Leone's Ebola battle is being led by local talent that deserves our
support, 6 December 2014,
www.theguardian.com/...
4. Ebola costs Liberia, Guinea, Sierra Leone $2 billion: World Bank, 2 December
2014,
www.reuters.com/...
Ver também em resistir.info:
A agenda real da Fundação Gates
As origens da crise do ébola
Este apelo encontra-se em
http://resistir.info/
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