Posse de Obama:
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| Símbolo, banco | Preço | Mudança |
| BAC, Bank of America | 5.10 | -2.08 |
| BK, Bank of New York Mellon | 19.00 | -3.96 |
| C, Citigroup | 2.80 | -0.70 |
| FITB, Fifth Third Bancorp | 4.22 | -1.21 |
| JPM, JPMorgan Chase & Co | 18.09 | -4.73 |
"Obama advertiu que a recuperação económica seria difícil e que ao país deve escolher "a esperança em relação ao medo, a unidade de propósito em relação ao conflito e à discórdia" a fim de ultrapassar a pior crise económica desde a Grande Depressão" (Associated Press, 20/Janeiro/2009).
Havia altas expectativas na Wall Street. Muitos correctores da Wall Street, que
dispunham dos conteúdos do discurso de Obama, estava a
"apostar" que as declarações de Obama ajudariam a
estabilizar os mercados financeiros.
Aqueles que redigiram o discurso de Obama estavam plenamente conscientes das
suas possíveis repercussões financeiras.
"As altas expectativas quanto a pormenores de como a nova administração iria tratar a crescente crise bancária e a economia vacilante foram reduzidas após o discurso da posse" (Reuters, 20/Janeiro/2009).
Coincidentemente, o presidente da Securities and Exchange Commission,
Christopher Cox, nomeado por Bush em 2005, renunciou no mesmo dia da posse
presidencial, levando ao vácuo na adopção de
decisões cruciais de regulamentação financeira. O seu
sucessor, Mary Shapiro, só tomará posse a seguir a
audiências de confirmação do Senado.
Aqueles que tinham conhecimento prévio e/ou informação
interna quanto ao texto do discurso de Obama e que tinham a capacidade para
"mover o mercado" no momento certo e no lugar certo, prepararam-se
para ganhar na condução das principais acções
especulativa nos mercados de acções e de divisas.
Terão estas transacções especulativas sido planeadas antes
de 20 de Janeiro (
Ver vídeo
)
Será que houve um esforço concertado e deliberado para
"short the market"
[1]
no próprio dia da posse presidencial?
Nos mercados de divisas, o movimento foi inverso, o dólar dos EUA estava
a subir, o euro, a libra britânica e o dólar do Canadá
estavam a afundar. O governador do Banco Central do Canadá escolha a
data da posse presidencial para anunciar um corte na taxa de juro aparentemente
para "estimular a economia e promover a concessão de
empréstimos aos consumidores e negócios". O impacto: o
dólar do Canadá declinou dramaticamente em relação
à nota verde.
Será que todos os credores foram embora?
Dizem que as maiores instituições financeiras estão em
águas perturbadas, endividadas a credores não identificados.
Desde o desencadeamento do colapso financeiro, a identidade dos credores
permanece um mistério.
Ao longo dos anos, o establishment financeiro estabeleceu hedge funds privados
registados no nome de indivíduos ricos. Grandes montantes de riqueza
foram transferidos de grandes instituições financeiras para estes
hedge funds de propriedade privada, os quais em grande medida escapam à
regulamentação governamental.
Por que os bancos estão endividados? A quem? Serão eles as
vítimas ou os receptadores? Serão eles os devedores ou os
credores?
Os maiores bancos da América têm, ao longo dos anos, filtrado
parte dos seus lucros excedentes para vários dispositivos financeiros
proxy: hedge funds, contas registadas em paraísos
bancários offshore nos trópicos, etc.
Enquanto estes milhares de milhões de transferências de
dólares são conduzidos electronicamente de uma entidade
financeira para a outra, a identidade dos credores nunca é mencionada.
Quem está a coleccionar estas dívidas multi-bilionárias as
quais são, em grande parte, a consequência da
manipulação financeira?
O colapso nos valores de mercado das acções dos bancos foi com
toda a probabilidade conhecido antecipadamente. Os bancos já mudaram o
seu saque para um paraíso financeiro seguro.
Os bancos estão em águas perturbadas depois de terem recebido
centenas de milhares de milhões de dólares do dinheiro para o
salvamento.
Para onde é que o dinheiro do salvamento está a ir? Quem
está a aproveitar-se dos muitos milhares de milhões de
dólares do dinheiro do salvamento do governo? Este processo está
a contribuir para uma concentração de riqueza privada sem
precedentes.
A imprensa financeira reconhece a existência de milhares de
milhões de dólares de "dívida
interbancária". Mas nem uma palavra é mencionada acerca dos
credores.
Para todo devedor há um credor.
Não será este o dinheiro que as elites financeiras guardam para si
próprias?
Quem quer que possua estes milhões de milhões finalmente
acabará por apanhar as peças. Eles transformarão a sua
enorme riqueza de papel aplicando-a na aquisição de activos reais.
O acordar do dia seguinte
E no dia seguinte após as esperanças e promessas da posse
presidencial, os americanos da classe média que investiram em
acções "seguras" dos bancos perceberão que parte
das poupanças de toda a sua vida foi subitamente confiscada.