Recuperação: Uma questão de classe
por Zoltan Zigedy
A maior parte de nós nunca experimentou uma crise económica com a
dimensão e a profundidade da actual contracção
capitalista. Ao escrever em Abril de 2007 acerca da previsão de um
período de baixa económica semelhante a uma depressão,
disse a brincar que "as seitas de esquerda acenam com esta previsão
mais frequentemente do que Elvis via prenúncios de um Armagedão
iminente". Procuro dissociar o que acredito ser uma
avaliação marxista cuidadosa do marxismo pueril que vê a
ruína capitalista em qualquer contratempo ou desequilíbrio da
vida económica. Tais previsões têm embaraçado a
tradição marxista desde o princípio. Tendo isto em mente,
a minha projecção, embora cautelosa, não foi feita de
ânimo leve.
Se eu estivesse extremamente confiante o que não estava de
que o capitalismo experimentaria uma crise das dimensões que estamos
agora a sofrer, também poderia ter advertido os leitores para não
considerarem esta crise, ou qualquer crise, como as convulsões da morte
do capitalismo. Se bem que alguém possa argumentar convincentemente que
a acumulação privada numa economia de mercado levará
inevitavelmente à crise, não se segue daí que a crise leve
inevitavelmente ao colapso de um sistema capitalista. Na verdade, o colapso
é extremamente improvável. Muitos académicos marxistas com
uma tendência mecânica promoveram esta visão
apocalíptica, mas o capitalismo não é um sistema
mecânico. Ele é, ao contrário, um sistema complexo de
relações sociais que exige a intervenção humana
para assegurar uma mudança fundamental e revolucionária. A
noção de uma "ruptura"
("breakdown")
do modo como desgastamos o nosso relógio é tanto
errada como enganosa.
Tendo isto em mente, precisamos entender a direcção da vida
económica neste momento. Alguns vêem "brotos" de
crescimento, outros estão cépticos, à espera de uma
reviravolta posterior, ao passo que outros ainda vêm a
estabilização a vir sem uma recuperação sustentada.
Apesar de todos os laureados com o prémio Nobel de teoria
económica, é espantosamente difícil encontrar qualquer
economista profissional disposto a apresentar uma projecção
baseada em pouco mais do que uma metáfora ou uma intuição:
chega de teoria económica matemática, teoria da escolha racional
e modelação computacional. Tal como os que prevêem a
meteorologia, os economistas são excepcionais quando as
condições são estáveis, mas quase inúteis em
tempos de turbulência.
Assim, o que vejo em meados do ano?
Primeiro: qualquer discussão acerca de
"recuperação" deve ser virada para os sinais que medem
uma retomada sócio-económica saudável. Será que uma
reviravolta no mercado de acções constitui uma
recuperação? Será que consideramos um PIB positivo como
uma marca de recuperação? Será que a
recuperação vem como uma melhoria no quadro do emprego? Ou de um
aumento na produção industrial?
Claramente, tudo está em como se olha para a economia. Aqueles que
investiram pesadamente no mercado de acções sem dúvida
declararão uma recuperação quando o mercado avança
com rapidez pouco se importando com o destino de qualquer outro
indicador. Analogamente, aqueles que dependem da venda de bens de consumo
estão ansioso por um aumento uma recuperação
dos gastos do consumidor. Poderíamos continuar a discutir
interminavelmente os variados interesses que celebram uma
recuperação quando o seu status económico prospera. Mas um
tal exercício pode ser abreviado a questão candente:
Recuperação para quem?
Para o marxista que vê a vida económica através de um
prisma de classe, a resposta é bastante simples: A
recuperação económica vem quando os padrões de vida
empregos, salários, benefícios, segurança e
bem-estar geral da vasta maioria, da classe trabalhadora, melhoram. Para
o marxista, a única recuperação significativa pode ser
medida pelo avanço das suas condições materiais as
condições mais favoráveis a uma vida melhor. Na medida em
que os marxistas defendem os interesses da maioria, eles são
profundamente democráticos. Promessas de "bi-partidarismo" e
"consenso" transformam-se em evasões espertas quando
confrontadas com esta medida de êxito. Haverá algo de
profundamente democrático num programa de recuperação que
resgata os ricos e poderosos enquanto impõe ainda maior sofrimento e
sacrifício àqueles que trabalham para viver?
Mas conversa, evasão e promessas são tudo o que nos
proporcionaram os responsáveis do governo encarregados de consertar uma
economia avariada. Quando são detectados "brotos", eles
têm pouco ou nada a ver com o restabelecimento ou avanço das vidas
da vasta maioria dos nossos cidadãos. Os índices de
negócios decisivos que de tempos em tempos dão esperanças
aos sabichões são baseados quase inteiramente sobre a
extracção de mais esforço e a imposição de
condições mais duras à classe trabalhadora.
Sejamos claros acerca deste ponto:
A recuperação capitalista é a recuperação da
lucratividade. Como argumentei alhures, a análise crítica
marxista é baseada fundamentalmente numa queda na taxa de lucro. A
contracção económica, afinal das contas, decorre de a
classe capitalista experimentar declínio da lucratividade. Inversamente,
a recuperação, para os capitalistas, brota de uma melhoria ou uma
restauração de lucros. A partir da perspectiva da classe
proprietária, a marcha renovada da acumulação é o
objectivo único e a medida do reacender de uma economia
letárgica, estagnante ou em contracção.
Ao reconhecerem dificuldades económicas, os decisores políticos e
líderes corporativos dirigiram todos os seus esforços, empenharam
todos os recursos, a fim de atingir este objectivo. O relatório recente
do inspector geral, Neil Borofsky, demonstra vivamente este ponto. Ele
testemunhou perante um comité do Parlamento que a potencial
exposição pública das medidas tomadas para ressuscitar o
sector financeiro poderia atingir US$23,7 milhões de milhões
(trillion).
Compare-se isso com o compromisso do governo para com o estado
previdência do povo! Ele objectou incansavelmente à "falta de
transparência" nos salvamentos
(bail-outs)
um modo polido de apontar o seu desrespeito pela democracia.
O capitalismo não só saqueia o público para resgatar o seu
sector financeiro criminosamente irresponsável como também
intensifica a exploração dos trabalhadores para recuperar o
nível dos lucros. Face ao excesso de capacidade produtiva e com poucas
tecnologias poupadoras de mão-de-obra a emergirem, o antídoto
à contracção do lucro é extrair cada vez mais
produção de cada vez menos trabalhadores a um salário mais
baixo e com taxa de lucro um aumento forçado na produtividade do
trabalho. Os despedimentos maciços, os pedidos de bancarrota, a
reestruturação, a violação de contratos de trabalho
e as acelerações do ano passado são todos elementos dos
esforços furiosos para restaurar lucratividade. O desemprego e o
empobrecimento não são consequências inesperadas deste
declínio económico, mas a receita para curar a "pena"
da diminuição do lucro capitalista.
No passado e em alguns países que enfrentam o actual declínio
económico, a militância do trabalho, a iniciativa política
e restrições legais limitaram a classe capitalista de impor
rápida e cruelmente este remédio brutal sobre o povo trabalhador.
Em França e na Alemanha, por exemplo, o apoio financeiro do governo
às corporações em dificuldades foi condicionado à
manutenção do emprego. Mas a luta de classe nos EUA é
decididamente mais unilateral. Anos de erosão da
regulação, declínio na unidade e militância do
trabalho, e servilismo político abriram uma vasta porta para a
agressão crua contra o povo trabalhador.
Muitos economistas exprimiram surpresa com dados do Departamento do Trabalho
(Bureau of Labor Statistics, BLS)
sobre a produtividade dos negócios não agrícolas no
primeiro trimestre, os quais registaram um aumento anualizado de 1,6%, um
relatório que duplicava estimativas iniciais. Apesar de desafiar
tendências históricas, este aumento seria expectável de
imediato dada a terapia de choque infligida à classe trabalhadora por
líderes corporativos e acelerada pelos decisores políticos.
Muitos parecem ignorar o facto de que despedimentos, acelerações
e o evitar de obrigações contratuais são as
acções conscientes dos poderosos para promover os seus interesses.
Pode-se ver isto claramente nos números do Departamento do Trabalho, que
mostram um declínio profundo na produção do primeiro
trimestre, mas um declínio ainda mais agudo nas horas de emprego
um aumento indiscutível na taxa de exploração. Menos
trabalhadores estão a produzir mais por menos apesar do arrefecimento na
produção. Claramente, o fardo da recuperação
está directamente e totalmente sobre as costas dos trabalhadores.
Ainda que o objectivo de restaurar a lucratividade permaneça em grande
medida não expresso, muitos, tanto à direita como à
esquerda, accionaram o alarme quanto aos enormes recursos na forma de
dívida governamental dedicados a escorar o mundo corporativo,
especialmente o sector financeiro. Quantidades de fundos dificilmente
imagináveis diferidos no essencial, mas a serem realizados em
dólares foram despejados em empresas capitalistas fracassadas que
foram designadas como "demasiado grandes para falirem". Esta
designação constitui uma reestruturação consciente
da estrutura do Estado Monopolista que deixará os mais pequenos, as
empresas menos dominantes, competitivamente mais fracas. No período a
seguir, elas ou desaparecerão ou serão absorvidas pelas firmas
gigantes ordenadas pela ditadura do estado corporativo. É preciso pouca
imaginação para reconhecer esta reestruturação
o encorajamento de mais monopolização como um passo
ulterior rumo à restauração da lucratividade.
O alarme quanto à ascensão da dívida governamental
é real, embora confundido e mal direccionando na imprensa popular.
Certamente a dívida uma nota promissória contra valor
futuro a ser criado levanta a questão do lugar onde aquele valor
será produzido e como será transferido para o governo. A ofensiva
da direita as revoltas fiscais propala a noção de
que "nós" estaremos pendurados a enormes impostos no futuro a
fim de reembolsar a enorme dívida governamental. Eles convenientemente e
demagogicamente obscurecem o facto de que grande parte da dívida emana
dos gastos com "defesa", as guerras imperialistas e as
políticas fiscais que favoreceram a riqueza e que apoiaram
entusiasticamente. Eles simplesmente ignoram o facto de que as políticas
actuais que aumentaram a oferta monetária em 16% ao longo dos
últimos dois anos é exactamente a receita política
advogada pelo seu reverenciado guru económico, Milton Friedman, para
tratar de uma contracção aguda. Na medida em que pretendem
reduzir a dívida através da destruição de programas
sociais e o bloqueamento de iniciativas progressistas como os cuidados
nacionais de saúde, o reforços da segurança social, o
emprego público e impostos justos, eles objectivamente levam a
água para o seu moinho: o lucro egoísta da classe dominante.
Os liberais, por outro lado, estão em grande medida constrangidos pela
lógica corrompida e desacreditada de "uma subida da maré
levanta todos os barcos" e a falácia de que a riqueza
"goteja" do topo. O dogma, a falta de perspectiva histórica e
o auto-interesse confina a oposição oficial a confrontar a
ofensiva da extrema-direita a uma defesa indecorosa dos salvamentos
corporativos e dos estímulos favoráveis ao lucro.
Na verdade, os salvamentos e os estímulos apresentam um problema
sério. No passado, grande parte da dívida do governo foi
prontamente repassada aos outros na forma da emissão de títulos
do Tesouro. Durante a década passada, parceiros comerciais compraram
dívida estado-unidense como parte de um acordo não
explícito para sustentar os EUA como o principal consumidor global. A
China, o Japão, Hong Kong e Formosa possuem mais de US$1,65
milhão de milhões em títulos do Tesouro. A sua
determinação em poupar alimentou a propensão dos EUA para
gastar. Mas os ânimos mudaram drasticamente com o colapso do
comércio mundial. No seu pico de 2006, investidores estrangeiros
compravam um valor líquido mensal de US$96 mil milhões em
títulos dos EUA. Desde então, estas compras decaíram,
tornando-se negativas em duas ocasiões em 2007 e no fim de 2008. Em Maio
de 2008, as compras estrangeiras de títulos estado-unidenses foram
apenas de US$7,9 mil milhões, 1/12 avos da sua média de 2006.
Isto é um colapso espantoso, embora pouco notado.
Os decisores políticos Poliana estão a apostar (e a rezar!) para
que este apetite pela dívida dos EUA retorne com a
recuperação capitalista. Mas há todas as razões
para acreditar que os parceiros do comércio global podem não
cooperar. A República Popular da China desfrutou de um êxito
único em resistir à retracção global, com a
economia bem encaminhada para atingir a taxa de crescimento projectada para
2009.
Se bem que as exportações estejam baixas, a economia Wal-Mart dos
EUA permanece um forte pilar do comércio RPC-EUA. Ainda mais importante:
a RPC decretou um enorme e efectivo programa de estímulo que rapidamente
canalizou capital para o emprego público e programas sociais, expandindo
a economia interna e protegendo os cidadãos dos piores efeitos dos
desvios económicos. O êxito desta abordagem equilibrada para o
crescimento sugere que a RPC pode muito bem confiar menos no motor da
exportação para o seu desenvolvimento futuro. Consequentemente,
constitui uma boa aposta que os seus decisores políticos venham a
estimular despesas a expensas das compras de títulos dos EUA.
Basta dizer: o caminho tomado pela RPC estava aberto para
os EUA propriedade pública de bancos, emprego público
directo e maciço na infraestrutura, saúde pública,
segurança social mas foi fracamente advogado e rejeitado pelos
dominadores do estado monopolista.
A questão da inflação levanta-se frequentemente,
especialmente com os cidadãos que falam na rádio, os porta-vozes
da ignorância da extrema-direita. Se não forem enterrados em
activos reais os
fundos maciços comprometidos com o salvamento do capitalismo
(arrecadações fiscais, títulos do governo, etc), a
circulação dos fundos do salvamento ameaça levar os
preços aos céus, depreciando o valor do dinheiro gerado pela
economia produtiva. A solução simples e óbvia
extrair maior receita dos beneficiários do salvamento está
excluída pelo domínio do capital monopolista e dos seus
dóceis servidores políticos. Além disso, o capital
monopolista provavelmente saudaria um período de inflação
substancial a fim de embaratecer as obrigações de dívida
incorridas no salvamento federal, obrigações que já foram
oferecidas em termos vergonhosamente favoráveis. Portanto, os temores da
extrema direita são justificados, embora calculadamente mal
direccionados para o "governo opressor"
("big government"),
como se as acções do governo fossem independentes dos interesses
e vontades da elite corporativa. Eles re-canalizam estes temores para um ataque
geral aos gastos sociais que possam promover os interesses dos trabalhadores.
E encontram uma audiência muitíssimo receptiva junto a muitos na
liderança do Partido Democrata.
Na era do Capitalismo Monopolista de Estado não deveria ser surpresa que:
-
Os esforços políticos tenham sido dirigidos rumo a uma
recuperação do capitalismo, fundamentalmente da sua lucratividade.
-
Pouca atenção tenha sido dada à recuperação
do povo. Todos os sinais vitais das condições da classe
trabalhadora continuam a deteriorar-se: elevação do desemprego,
rendimentos a afundar, cortes de benefícios, números crescentes
de não segurados, elevação do número de
incumprimentos de hipotecas e de arrestos mais 73% no primeiro
trimestre, incumprimentos crescentes em cartões de crédito,
pedidos de apoio crescentes à Previdência, etc.
-
As empresas monopolistas estão a fortalecer-se com o apoio e o
encorajamento do governo, absorvendo as firmas mais fracas. Como declarava
recentemente uma manchete de
The Wall Street Journal:
A Goldman cresce a expensas dos rivais. Uma corporação ungida
como a Goldman Sachs, com o seu estatuto mais favorecido e conexões de
iniciados, aposta em lucros recorde e dominação. Igualmente, a
fusão do Bank of America com a Merrill Ynch, do Morgan Stanley com o
Smith Barney e outros uma nova onda de corporações
financeiras com nomes ainda mais compridos sinais de uma maior
concentração no sector financeiro.
-
Espera-se que os custos de restaurar a lucratividade sejam suportados pela
classe trabalhadora. Procura-se em vão por documentos de
devolução da dívida
(I owe you, IOUs)
dos interesses corporativos ou
dos ricos para o desemprego e a pauperização que aflige a vasta
maioria devido à acumulação.
Todas estas verdades confirmam a fusão contínua e em
avanço capital monopolista e do estado. Por trás da fachada
de democracia estão actores e instituições dedicados em
primeiro lugar e acima de tudo a preservar e expandir a dominação
do capitalismo monopolista a todos os aspectos da nossa vida. Aqueles actores
políticos que já não se identificam com os objectivos do
capital monopolista são corrompidos ou, frequentemente, politicamente
marginalizados.
A clareza sobre a natureza e o trajecto do Capitalismo Monopolista de Estado
é um primeiro passo necessário para combater as forças
dispostas contra os interesses da maioria. É importante recordar que
estas forças são relativamente diminutas e nós somos
muitos. A
recuperação do desemprego a partir da última
retracção no princípio da década não viu
virtualmente qualquer melhoria no rendimento das famílias e assistiu a
mais pessoas sem cuidados de saúde e pobreza crescente. Um estudo
engenhoso de investigadores de
The Wall Street Journal
revela quão fracamente a base dos 94% de empregados conseguiram
ultrapassar o período anterior na baixa actual. Utilizando dados da
Social Security Administration (SSA), o estudo revelava que os 6% com
pagamentos mais elevados "executivos e outros empregados altamente
compensados" receberam mais de um terço dos US$6,4
milhões de milhões em todos os salários dos EUA, mais 28%
do que nos cinco anos anteriores. Os investigadores advertiam que isto
subestimava amplamente os rendimentos reais deste grupo uma vez que os dados da
SSA não incluem compensações adicionais tais como
opções de acções. O artigo do WSJ
(Top Earners' Pay Is Seen Eroding Social Security)
também destaca que a
remoção do tecto de rendimentos sobre a Segurança Social
facilmente tornaria o sistema viável durante pelo menos 75 anos.
Esta "recuperação" promete um destino ainda mais
devastador para os trabalhadores. Até Março deste ano, as
remunerações estavam cerca de um terço mais baixas do que
nos 12 meses anteriores segundo o Departamento do Trabalho. Analistas citados
por
The Wall Street Journal
notam que estas remunerações
são "as mais baixas em décadas".
As pessoas começam a questionar cada vez mais tanto este sistema
económico que tritura o povo como esta democracia
"anti-democrática". Se bem que questões não
sejam desafios, há um clima de severidade que não aceitará
meras promessas, "fé", ou "esperança" como
respostas para a miséria crescente. Testemunho disso é a
militância organizada pelo
Employee Free Choice
e por
cuidados de saúde universais
. Apesar de ambos os movimentos muitas vezes se prestarem a enganos,
falsificação e traição, eles representam grandes
lições para milhares de activistas que agora
têm alguma clareza acerca da natureza do sistema de dois partidos, a
teoria económica do lucro e a necessidade da organização e
militância.
Inequivocamente, as forças que se postam contra uma verdadeira agenda
popular são poderosas e obstinadas. Elas estão determinadas a
retornar ao predatório Capitalismo Cowboy das últimas duas
décadas uma abordagem que só pode gerar novas crises
e contam com o estado para que continue a auxiliar neste objectivo. Mas
há "brotos" de luta consciente que deverão e
serão cultivados nos próximos anos.
O original encontra-se em
http://mltoday.com/en/recovery-a-question-of-class-648-2.html
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/
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