Acontecimentos em Chipre
Intensificar a campanhar pela ruptura com a UE e as políticas do capital
por KKE
O KKE exprime sua solidariedade com o povo cipriota contra a chantagem e as
medidas anti-populares brutais impostas pela União Europeia e o FMI com
a cumplicidade dos governos burgueses, inclusive o grego e o cipriota, a fim de
preservar os interesses do capital. O "Não" ao plano da UE
não é único. Há o "Não" do povo e
o "Não" daqueles que desejam servir os interesses particulares
dos monopólios.
Os diversos planos alternativos para o financiamento da economia cipriota (com
a participação da Rússia e de outros Estados ou com uma
tomada de empréstimo nacional, que terá um impacto negativo sobre
as caixas da segurança social ou retornando à moeda nacional,
como várias forças propõem), mesmo se fossem postos em
prática constituiriam igualmente um impasse para os interesses do povo.
Eles apoiam-se na tomada de controle pelos monopólios de uma parte das
riquezas energéticas do país. A luta entre estas duas
fórmulas no quadro da UE nada tem a ver com os interesses do povo.
Verifica-se que a gestão da crise capitalista, com os monopólios
a adquirirem uma posição dominante na economia e pela
participação da UE ou outras alianças imperialistas,
faz-se sempre em detrimento dos trabalhadores.
As medidas anti-populares não afectam somente a taxa sobre a
poupança dos cipriotas mas põem em causa os direitos dos
trabalhadores em Chipre, propõem privatizações e as mesmas
medidas que esmagam o povo grego e os outros povos da UE. O facto de o plano do
Eurogrupo referente à tributação da poupança dos
cipriotas ter sido rejeitado pelo Parlamento não deve conduzir a uma
posição de complacência no futuro. O povo cipriota deve
utilizar este acontecimento para reforçar sua luta contra as medidas
anti-populares.
Os acontecimentos em Chipre, com a escalada da ofensiva anti-popular,
demonstram mais uma vez a amplitude da manipulação orquestrada
por estas forças que difundiram no seio dos povos a ideia de que o
acesso à UE traria prosperidade, convergência, solidariedade em
favor dos povos. Eis o que é a União Europeia e ela
não poderá mudar.
A sua essência permanece a mesma, qualquer que seja a força que
tenda a impor-se no seio da UE a Alemanha e os países que com ela
se alinham, ou então outros eixos e alianças como a
aliança dos países do Sul como pretende o SYRIZA. Dito de outra
forma, a UE é uma aliança predatória que ataca os
trabalhadores no seu conjunto a fim de garantir a taxa de lucro dos grandes
grupos económicos.
As últimas evoluções confirmam que hoje, nas
condições de uma crise muito profunda, reforçam-se
tendências centrífugas no seio da UE e da zona euro assim como a
competição entre os países e as fracções do
capital para saber que vai aproveitar mais com a crise, que vai sofrer as
perdas menos importantes. A competição pelo controle dos recursos
naturais e as vias de transporte energético reforça-se, em
particular na região do Mediterrâneo oriental, o que implica
perigos imprevisíveis para as populações.
O povo grego, o povo cipriota e os outros ovos da Europa podem e devem colocar
sua marca sobre os acontecimentos. Devem rejeitar a chantagem do capital, da UE
e do FMI. Não devem alinhar-se por trás de qualquer
potência imperialista que seja. Devem seguir a via da retirada da UE e
das alianças imperialistas.
Gabinete de imprensa do Comité Central do KKE
Ver também:
Statement of Andros Kyprianou, General Secretary of the C.C. of AKEL
, 22/Mar/13
Statement by Andros Kyprianou, General Secretary of the C.C. of AKEL
, 21/Mar/13
Statement of the Secretariat of the C.C. of AKEL
, 16/Mar/13
Speech of Andros Kyprianou, General Secretary of the C.C. of AKEL, to the plenary of the House of Representatives in the debate on the bill for the haircut on deposits agreed between the Government and the Eurogroup
, 19/Mar/13
"The unacknowledged secret" By Costas Christodoulides, Head of the European Affairs Department and member of the C.C. of AKEL
, 08/Mar/13
Este comunicado encontra-se em
solidarite-internationale-pcf.over-blog.net/...
Este comunicado encontra-se em
http://resistir.info/
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