Presidente Killary
Será que o mundo sobreviveria à presidente Hillary?
por Paul Craig Roberts
Esta é uma tradução do artigo que escrevi para a revista
alemã
Compact
. Fui estimulado pelo discurso inteligente de alto nível que a
Compact
traz aos seus leitores. Se tivéssemos nos EUA mais pessoas capazes de
ir para além do entretenimento e compreender as forças que as
afectam, poderia haver alguma esperança para a América.
A
Compact
traz esperança à Alemanha. O povo alemão começa a
entender que o seu país não é soberano e sim um vassalo de
Washington e que a sua chanceler serve a hegemonia de Washington e dos
interesses financeiros americanos, não do povo alemão.
Hillary Clinton está a demonstrar-se a "candidata teflon". Na
sua campanha para a nomeação presidencial ela tem escapado sem
lesões dos maiores escândalos, qualquer um dos quais destruiria um
político. Hillary aceitou subornos maciços, sob a forma de
discursos pagos, de organizações e corporações
financeiras. Ela está sob investigação pela má
utilização de dados classificados, um delito pelo qual numerosos
denunciantes estão na prisão. Hillary sobreviveu ao
bombardeamento da Líbia, sua criação de um fracassado
estado líbio que é hoje uma importante fonte de terroristas
jihadistas e da controvérsia de Bengazi. Ela sobreviveu a
acusações de que como secretária de Estado arranjou
favores para interesses estrangeiros em troca de donativos para a
fundação dos Clinton. E, naturalmente, há uma longa lista
de escândalos anteriores: Whitewater, Travelgate, Filegate. O livro
Queen of Chaos,
de Diana Johnstone, descreve Hillary Clinton como a vendedora top da
oligarquia dominante".
Hillary Clinton é uma representante comprada e paga dos grandes bancos,
do complexo militar-segurança e do lobby de Israel. Ela
representará estes interesses, não aqueles do povo americano ou
dos aliados europeus da América.
A compra dos Clintons por grupos de interesses é do conhecimento
público. Exemplo: a CNN informa que entre Fevereiro de 2001 e Maio de
2015 foram pagos a Bill e Hillary Clinton US$153 milhões por 729
discursos, um preço médio de US$210 mil por discurso.
Quando se tornou evidente que Hillary Clinton emergiria como provável
candidato presidencial pelos Democratas, foi-lhe pago mais. O Deutsche Bank
pagou-lhe US$485 mil por um discurso e o Goldman Schs pagou-lhe US$675 mil por
três discursos. O Bank of America, Morgan Stanley, UBS e Fidelity
Investments pagaram cada um US$225 mil.
theintercept.com/...
Apesar da desavergonhada propensão de Hillary para ser subornada em
público, seu oponente, Bernie Sanders, não tem conseguido por em
causa a falta de vergonha de Hillary. Os dois principais jornais do
establishment, o
Washington Post
e o
New York Times
vieram em defesa de Hillary.
Hillary é uma fomentadora da guerra. Ela empurrou o regime Obama para a
destruição de um governo estável e amplamente cooperativo
na Líbia onde a "Primavera Árabe" foi o grupo de
jihadistas apoiado pela CIA utilizado para desalojar a China dos seus
investimentos petrolíferos na Líbia oriental. Ela instou seu
marido a bombardear a Jugoslávia. Ela pressionou pela
"mudança de regime" na Síria. Ela supervisionou o golpe
que derrubou o presidente democraticamente eleito das Honduras. Ela trouxe a
neoconservadora Victoria Nusland, que organizou o golpe que derrubou o
presidente democraticamente eleito da Ucrânia, para dentro do
Departamento de Estado. Hillary chamou o presidente Vladimir Putin da
Rússia de "novo Hitler". Hillary como presidente garante
guerra e mais guerra.
www.washingtonsblog.com/...
Nos Estados Unidos o governo foi privatizado. Pessoas que ocupam um posto
utilizam esta posição a fim de se tornarem ricos, não a
fim de servir o interesse público. Bill e Hillary Clinton tipificam a
utilização de posições no governo em favor dos
interesses do detentor das mesmas. Para os Clintons, governo significa utilizar
cargos públicos para ser gratificado por fazer favores a interesses
privados. O
Wall Street Journal
informou que "pelo menos 60 companhias que fizeram lobby no Departamento
de Estado durante o seu [de Hillary Clinton] exercício do cargo de
secretária de Estado doaram um total de mais de US$26 milhões
para a Fundação Clinton.
www.washingtonsblog.com/...
Segundo o
washingtonsblog.com
, "No cômputo geral, a
Fundação Clinton e suas sucursais arrecadaram
doações e compromissos de todas as fontes de mais de US$1,6
milhão de milhões, de acordo com as suas
declarações de rendimento".
Segundo o rootsactionteam.com, entre doadores de muitos milhões de
dólares para a Fundação Clinton incluem-se a Arábia
Saudita, o oligarca ucraniano Victor Pinchuk, o Kuwait, a ExxonMobil, Friends
of Saudi Arabia, James Murdoch, Qatar, Boeing, Dow, Goldman Sachs, Walmart e os
Emirados Árabes Unidos.
De acordo com o
International Business Times,
"Sob Hillary Clinton, o Departamento de Estado aprovou vendas comerciais
de armas no valor de US$164 mil milhões para 20 países cujos
governos deram milhões à Fundação Clinton".
www.ibtimes.com/...
Hillary Clinton tem escapado incólume a tantos crimes e escândalos
que ela provavelmente seria a mais temerária presidente da
história americana. Com a corridas armamentista renovada, com a
Rússia declarada "uma ameaça existencial para os Estados
Unidos" e com a declaração de Hillary do presidente Putin
como o novo Hitler, a arrogante auto-confiança de Hillary é
provável que resulte em excessos que acabem em conflito entre a NATO e a
Rússia. Considerando a extraordinária força destrutiva das
armas nucleares, Hillary como presidente podia significar o fim da vida sobre a
terra.
13/Abril/2016
O original encontra-se em
www.paulcraigroberts.org/2016/04/13/president-killary-paul-craig-roberts/
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/
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