A urgência de um "Grand débat" quanto à
União Europeia
Um inquérito de opinião muito recente e sério
[1]
revelou em que estados de espírito os franceses agora se sentem em
relação à União Europeia. À pergunta que
lhes foi colocada: "a qual unidade geográfica tem o sentimento de
pertencer acima de tudo?", 39% das pessoas sondadas responderam "a
França", 23% a sua "cidade ou localidade", 18% a sua
"região, província ou departamento", 11% "o
mundo" (inteiro!) e, finalmente,
last but not least,
apenas 6% "a Europa"! Portanto a representação que do
ideal europeu que se faria no Hexágono seria exactamente à imagem
da situação em que hoje se encontra mergulhado o processo de
construção comunitária: o marasmo total.
Acontece que uma maioria de franceses mantém sempre em mente um
acontecimento fundamental para ela. Em 29 de Maio de 2005, cerca de 54,68% do
corpo eleitoral havia dito
"não"
no referendo organizado sobre o tratado estabelecendo uma
Constituição para a Europa. E isto, apesar das ondas de
propagandas mediática pró europeias e da
mobilização de muitos intelectuais que a idolatram. Em numerosos
lugares do território metropolitano o voto negativo ultrapassa mesmo
amplamente o limiar dos 60%: tanto no norte como no sul do país, mas
também nas regiões sub-povoadas da "diagonal do vazio",
que vai da Meuse até os Landes. Na realidade, os únicos
departamento que se exprimiram claramente em favor do
"sim"
dentre os mais ricos da França do Baixo Reno
(limítrofe dos
Länder
alemães de Bade-Wurtemberg e da Rhénanie-Palatinat), Yvelines,
Hauts-de-Seine e de Paris sem esquecer as Antilhas caribenhas e a Guiana
sul-americana! Mas por uma negação de democracia infamante, e
particularmente violenta, as elites dirigentes o presidente Nicolas
Sarkozy apoiado pelas altas instâncias europeias assinaram em 2007
o Tratado de Lisboa que retomava todos os componentes do texto constitucional
já rejeitado anteriormente e depois, em 2008, fez ratificar a
revisão da Constituição francesa.
Este acto de traição da vontade do povo francês foi
cumprido simbolicamente, em 4 de Fevereiro de 2008, no castelo de Versalhes
o mesmo em que o presidente Emmanuel Macron acaba de receber, há
poucos dias, os grandes patrões das mais poderosas multinacionais para
convencê-los a
"Choose France"
e nela se implantar. A prova está feita, se necessidade houvesse, de
que a consolidação da União Europeia segue modalidades que
são tudo excepto democráticas. É verdade que, do lado
francês, os "pais fundadores da Europa" não eram
verdadeiramente grandes progressistas: Jean Monnet, visceralmente
anti-parlamentar, foi o homem chave das redes político-financeiras
anglo-estado-unidenses; Robert Schuman, político ultra-conservador e
anti-laico, estava ao serviço de magnatas da siderurgia e era fervoroso
admirador dos fascistas cristãos corporativos de Dollfuß et
Horthy, Maurice Lagrange, por sua vez, antes de redigir o tratado instaurando a
Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, em 1951, apenas dez anos
antes foi, sob [o governo de] Vichy, um dos inspiradores notados e executantes
zelosos das leis anti-judias da "Revolução nacional".
O extremo rigor das políticas anti-sociais aplicadas continuamente pela
União Europeia é demasiado conhecido para necessitar de longos
desenvolvimentos. Os povos sofrem a violência desde há quatro
décadas: desregulamentação e recuo do Estado, austeridade
salarial, redução das despesas orçamentais,
desmantelamento da protecção social, flexibilização
do mercado de trabalho, precariedade e desemprego, liberalização
das transferências de capitais, etc.
Mas então, se, através da implementação de tais
programas neoliberais, a integração europeia foi concebida e
executada por seus altos funcionários sem a participação
dos povos nas várias decisões que os afectam directamente, sem
uma prioridade fixada para a satisfação de seu bem-estar, sem
meios para que eles se façam ouvir em protesto contra o
inaceitável, como qualificar o caminho escolhido? A terminologia
geralmente adoptada pela burocracia de Bruxelas em tais casos, para falar de
governantes surdos às demandas populares e que não respeitam o
veredicto das urnas, é "autoritário" (se o regime deles
é de direita) ou "ditatorial" (se for julgado a partir da
esquerda). Por conseguinte, digamos que o modo de governação da
União Europeia é, desde as suas origens,
"autoritário".
O pacote de presentes europeu foi apresentado ao público numa bela
embalagem azulada decorada com estrelas de ouro e envolto em slogans
benevolentes e pacifistas. Seu objectivo primário era óbvio:
oferecer às transnacionais dos países parceiros um poder
exorbitante no solo europeu, tendo como incentivo um kit jurídico
destinado a sacralizar a propriedade privada e tornar rigorosamente ilegal
qualquer transição para o socialismo. Foi a fim de impor a todos
os europeus o lençol de chumbo de um mercado capitalista dominado por
oligopólios isentados da responsabilidade de prestar contas aos povos
(ou aos seus parlamentos) que os chefes de Estado e governos de União
aprovaram o "Acto único" em 1986 depois de terem
cantado todos em coro, um ano antes, ao som de 9ª Sinfonia de Beethoven,
os deliciosos versos de von Schiller:
"Deine Zauber binden wieder / Was die Mode streng geteilt; Alle Menschen
werden
Brüder / Wo dein sanfter Flügel weilt"
[2]
.
A armadilha fechou-se sobre os povos quando lhes fizeram acreditar neste grande
absurdo de que uma moeda única poderia ser criada sem Estado, nem mesmo
que uma Europa política realmente existisse. Houve um erro original
nesta Europa, que pretende fazer convergir, à força, economias
extremamente diferentes, e isto sem reforçar as
instituições políticas à escala regional, nem
promover uma harmonização social a partir de cima, por mais
desejável que fosse. É portanto muito logicamente que esta
"Europa má", voltada contra os seus próprios povos,
intrinsecamente anti-democrática e anti-social, submetendo à sua
ordem implacável a hierarquia completa das leis e dos direitos
nacionais, e consigo todas as políticas económicas dos
países membros da área do euro, tem-se visto cada vez mais
abertamente e maciçamente rejeitada.
Alguns, em ambos os lados, do Reno sonharam especialmente nas suas
margens ocidentais que o presidente Emmanuel Macron seria o tão
esperado líder que conseguiria finalmente revigorar um projecto europeu
já lento e contestado. O que poderia ser melhor do que um ex-banqueiro
de negócios para reforçar a confiança nas classes
dominantes e executar seus ideais? Que nada! O bonito "foguete
federal" do presidente francês decolou da plataforma de
lançamento da Sorbonne em Setembro de 2017, mas teve de voltar a terra
firme um ano depois sob os apupos dos coletes amarelos. O pequeno
Napoleão da
"nação francesa startup"
[3]
que queria conquistar "um Império"
[4]
, para retomar a fórmula empregue pelo seu ministro da Economia e
Finanças, Bruno Le Maire, numa entrevista concedida ao diário
Handelsblatt
("Europa muß ein Empire werden"... Bravo, Herr Minister, era
für eine großartige Idee!),
não é nem sequer respeitado pelos seus pedintes!
Felizmente a polícia ainda está com ele (por quanto tempo?) a fim
de os fazer calar, a golpes de bastonadas, granadas lacrimogéneas,
jactos de água a alta pressão e
flash-balls
! Resultados da repressão: mais de 2000 feridos, dos quais uma centena
gravemente (mutilações, desfigurações...);
6 475 interpelações, 5 339 detenções,
mais de um milhar de condenações (de 17/Novembro/2018 a
07/Janeiro/2019)... Eis aqui a França do reizinho Macron! A
cólera do povo, legítima, não se acalmará: ela
está enraizada na recusa radical, definitiva, da injustiça.
Dizer que Emmanuel Macron decepcionou as elites alemã é um
eufemismo. Talvez apenas a chanceler federal Angela Merkel e seu ministro da
Economia, Peter Altmaier, deram provas de magnanimidade é preciso
na esperança de salvar o que ainda for possível do projecto
europeu. Os outros tiveram menos piedade e atacaram aquele que se toma por
monarca. Ouve-se o presidente do Bundesbank, Jens Weidmann, criticar o
presidente francês pelas suas derrapagens orçamentais e as
(supostas) generosidades concedidas aos coletes amarelos (mas quais
exactamente? pois nada ou quase nada foi cedido aos protestatários).
Pode-se ler, num editorial da
Der Spiegel,
que o estado social francês, supostamente demasiado generoso, devia
retornar à razão e reduzir o salário mínimo, as
pensões de reforma e os subsídios de desemprego; nas colunas da
Bild,
que não é possível "trabalhar menos e ganhar
mais"; ou nas do
Die Welt,
que a França se tornou um "factor de risco". Será
necessário vender ilhas para o desendividamento?
É neste contexto singular que o tratado de Aix-la-Chapelle acaba de ser
assinado como para nos fazerem acreditar que a integração
europeia, traumatizada pelo choque do Brexit e tratada rudemente por
inquietantes forças centrífugas (italiana, polaca,
húngara...) continuava a avançar. A grandeza de Emmanuel Macron
não encara o eventual salvamento da ideia europeia senão
através de uma submissão cada vez mais completa da França
à Alemanha. Revoltante! Dizer aqui a verdade que todos os capitalistas
sabem não terá nada de ofensivo nem para a Alemanha nem para os
alemães: a União Europeia neoliberal é acima de tudo um
espaço de exercício da hegemonia dos oligopólios
alemães
(Konzern)
os quais, para afirmar os interesses das classes dominantes nacionais,
defendem este novo Deutschemark que é o euro. É igualmente por
esta razão e devido ao facto de um atlantismo congénito
que a Grã-Bretanha sempre optou por permanecer fora da zona euro
e ultimamente reactivou, apesar de tensões internas muito vivas, a
emergência da sua soberania nacional. É por esta mesma causa que o
conjunto dos povos europeus povo alemão inclusive
está condenado ao purgatório neoliberal.
Em 21 de Janeiro de 1793 os franceses decapitam um rei e uma rainha, na
Praça da Revolução em Paris. Após mais de dez
semanas de mobilização dos coletes amarelos, o presidente Macron
declar diante de 150
big bosses
da mundialização capitalista feliz: "Se eles (Luís
XVI e Maria Antonieta) experimentar semelhante fim é porque renunciaram
a reformar". E acrescentou que "a França está sobre os
trilhos das reformas". Por "reformas", traduzir
"destruições": as do Estado e da acção
pública, do seguro desemprego, das pensões e, no fundo, da
França. Isso começou quando Emmanuel Macron, então
ministro da Economia do presidente François Hollande, autoriza a venda
de sectores internos da indústria interna, desde o pólo da
energia da Alstom até à Alcatel, Techip ou STX, a transnacionais
estrangeiras estado-unidenses de modo privilegiado.
E uma vez que os alemães entenderam bem que Emmanuel Macron não
é o "reformador" que pretende ser, que provavelmente
não cederá à rua nem superará as rigidezes
franceas, que portanto não chegará a "normalizar" este
país turbulento e a fazê-lo reentrar sabiamente nas fileiras, eles
utilizam-no como um serviçal para carregar as suas malas à ONU! O
simpático organizador de jantares de gala para CEOs doravante
fará lobby por conta de Berlim nos corredores do Conselho de
Segurança! Quando um lacaio parisiense tomando-se por um Deus eliseano
sonha grandezas para as quais não tem os meios, os cordões da
bolsa ficam atados por Frankfurt e as guarnições militares
têm seus quartéis num pequeno burgo de Hainaut, cinzento, frio e
pluvioso da Bélgica valã: em Mons mais precisamente, localizada
60 km a sudoeste de Bruxelas e... sede da NATO. A cortesia do Bundestag fez
acrescentar ao Tratado de Aix-la-Chapelle um preâmbulo recordando, a quem
tivesse esquecido, quem é o verdadeiro mestre: Washington! Que pudor
deteve esta assembleia de mencionar também aos europeus o número
preciso de bases militares estado-unidenses ainda hoje presentes no
território alemao? Donald Trump não invectiva a ideia de um
"verdadeiro exército europeu"; ele apenas ri!
Em França, na esquerda do tabuleiro político, a maior parte dos
responsáveis das organizações partidárias e
sindicais pensa que haveria um caminho para construir "uma outra
Europa", a "boa Europa". Os progressistas deverão no
entanto, num belo dia, concordar em reconhecer que uma tal esperança
é vã no quadro actual do tratado sobre a União Europeia
que proíbe por lei qualquer modificação das
suas regras, mesmo mínima, enquanto esta última não for
previamente aceite por unanimidade e depois ratificada por cada um dos 28
Estados membros. O que equivale a dizer que os diktats neoliberais europeus
não podem ser suavizados, não estão lá para serem
discutidos, muito menos contestados, mas para serem executados. Suas medidas de
austeridade generalizada e de ruptura sistemática dos serviços
públicos, hoje aplicadas para tentar salvar o capitalismo em crise e
redinamizar seu crescimento, são não só destrutivos como
também absurdos. Eles constituem o meio mais seguro de agravar ainda
mais esta crise e de precipitar mais rapidamente o sistema para o abismo. Isto,
favorecendo, politicamente, a ascensão das extremas-direitas
demagógicas, racistas, cúmplices da ordem estabelecida (pois
pró capitalistas).
A zona euro, tal como funciona, é uma prisão para os povos que
ela abrange. Os carcereiros respondem, àqueles que revelam esta triste
realidade, que é mil vezes melhor sermos alimentados e alojados numa
cela com aquecimento do que morrer de fome e de frio do lado de fora. E a
verdade é que o argumento tem peso. Numerosos líderes da esquerda
francesa, à testa de partidos progressistas e de sindicatos de
trabalhadores, sucumbem à manipulação, abandonando, com
suas posições de classes, o terreno da luta ideológica.
Não se trata de um
"Grand Débat"
hipocritamente animado por um regime macronista em perdição que
dele tem necessidade, mas antes de superar os medos para romper o
silêncio a propósito do euro e da União Europeia. É
igualmente evidente que o que ainda falta cruelmente às
reivindicações dos coletes amarelos mesmo se se percebe
que aqui e ali alguns cartazes denunciam a traição do referendo
de 2005 e apelam o
Frexit.
Não se trata aqui de garantir "verdades" mal asseguradas
porque o facto é que ninguém, absolutamente
ninguém, sabe quais seriam exactamente as consequências de uma
saída do euro e/ou da União Europeia. Mas é certo que
é melhor viver livre do que agrilhoado. O que os franceses sabem
é que foram privados do domínio da sua moeda e do seu
orçamento, confiscados por uma elite tecnocrata de Bruxelas que aplica
ao pé da letra as ordens recebidas de decisores alemães que
obedecem desde há 74 anos apesar das veleidades de autonomia
formulada por uma chanceler a dirigentes estado-unidenses sob o
domínio de um punhado de oligarcas de um sector financeiro em guerra
contra os trabalhadores e trabalhadores do Norte e os povos do Sul. Esta
é, cruamente, a verdadeira pirâmide dos poderes.
Hoje, a deterioração das condições de vida impostas
ao mundo do trabalho, a repressão das lutas contra as inumeráveis
injustiças que oprimem nossas sociedades, a criminalização
das acções sindicais mas também de
protecção do ambiente , as regressões sociais
são tais que já não é mais possível evacuar
a discussão dos verdadeiros problemas. São eles a União
Europeia e o euro e chegou a hora para a esquerda de nos dizer se deve
lá ficar ou não. Apesar das aparências, a parte mais
difícil não será examinar a fundo os riscos eventuais de
perda de poder de compra e de inflação, dos défices
orçamental e externo, de financiamento de défices e de
saídas de capital, do peso da fiscalidade e da dívida... Pois
mesmo antes de as forças de esquerda estarem finalmente esclarecidas
acerca destas questões delicadas, chegará o dia em que a
Alemanha, cansada de tanta indisciplina e mediocridade ao seu redor,
decidirá unilateralmente como de costume um Grexit... ou
um Gexit! Excluir a Grécia (ou um ou outro dos "PIGS"
(porcos!, como a ortodoxia neoliberal da Europa os chama tão
gentilmente)... ou para bater com a porta para não tolerar senão
vassalos fiéis e fortes (Áustria, Benelux...).
O mais dificil será perguntar se os povos europeus estão
condenados para a eternidade a ajoelharem-se diante do imperialismo da NATO e a
aceitar a barbárie do sistema capitalista. E a tolerar por longo tempo
os golpes de marreta do
"there is no alternative"
que os dirigentes europeus, discípulos da baronesa M. Thatcher, desferem
sobre as nossas cabeças desde há quatro décadas. No
entanto, seria embalar-se com doces ilusões acreditar na possibilidade
de um novo "compromisso keynesiano". O precedente, selado após
a Segunda Guerra Mundial, não havia sido concedido pelos capitalistas,
mas arrancado pelas lutas populares, múltiplas e convergentes. Hoje, a
alta finança que paira sobre todos os poderes na Europa (incluindo
aqueles derivados do povo, através eleição) não
está disposta a qualquer concessão. O keynesianismo que
certamente se pode desejar não tem nem realidade nem futuro.
Doravante são as grandes potências das finanças que regem
os destinos dos povos, ditam a sua lei aos estados, dominam a tomada de
decisões para fixar as taxas de juros, criar a moeda ou mesmo, quando
necessário, nacionalizar.
Homens (de direita) como François Asselineau ou Florian Philippot
certamente não estão errados ao querer focar o
"Grand Débat"
na questão do euro, pela razão fundamental de que o projecto
europeu não é reformável a partir do interior, pela
lógica que o move, e deve ser desconstruído, mas eles enganam-se
ao imaginar que o caminho de saída da crise é
capitalista.
E é exactamente aí que reside toda a dificuldade da
construção de alternativas para os povos. Desde aquela noite de 9
de Novembro de 1989, um espectro não cessa de assombrar as esquerdas
europeias: o do
fracasso.
Fará em breve 30 anos de idade; 30 anos em que os líderes das
organizações progressistas da Europa estão soterrados sob
as ruínas do muro, 30 longos anos em que não pronunciam mais a
palavra "socialismo", que evitam pensarem num futuro
pós-capitalista colectivo pela
transição socialista.
Mas haveria um outro caminho para responder às expectativas populares?
Desejar-se-ia novamente a nomenklatura, o gulag, o terror? Ser comunista
será isso? Sejamos sérios e fiéis aos ideais e aos
combates daqueles e daqueles, heróicos, tão numerosos, que
outrora caíram por um mundo melhor, de emancipação social
e de libertação nacional. E se muitos dirigentes de esquerda
penam ainda para encontrar em si a coragem de afirmar o imperativo urgente de
reconstruir programas consequentes, coerentes, críveis, ofensivos de
alternativas socialistas democráticas e humanistas,
ajudemo-los, pela base, a reexaminar, sem tabus nem complexos, novas
perspectivas
sociais,
elementares, postas ao serviço dos povos: de
nacionalização do sistema bancário e de sectores
estratégicos da economia, de redefinição do papel dos
bancos centrais, de restabelecimento do controle de câmbios sobre os
fluxos financeiros, de anulações parciais de dívidas
públicas, de redistribuição crescente das riquezas, de
reconstrução de serviços públicos de qualidade, de
ampliação da participação popular ou (por que
não?) de uma outra regionalização progressista e
respeitadora do Sul.
23/Janeiro/2019
[1] Baromètre de confiance politique d'
OpinionWay
pour le Cevipof (enquête du 10 de janvier 2019). Ver:
www.lefigaro.fr/...
[2] "Teus encantos reúnem / Aquilo que, gravemente, os costumes
dividem; Todos os seres humanos se tornam irmãos / quando se estende tua
asa doce".
[3] Ver aqui:
www.latribune.fr/...
[4]
Cf.
www.handelsblatt.com/...
[*]
Investigador do Centre National de la Recherche Scientifique (Centre
d'Économie de la Sorbonne).
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/
.
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