Conferencia sobre Direitos e Liberdades em tempos de pandemia

– Nela participaram peritos âmbito da Medicina, da Biologia e do Direito

Beatriz Talegón [*]

Bloco 1: Por que esta pandemia?
Bloco 2: Como se chegou até aqui
Bloco 3: Vacinas
Bloco 4: Para onde nos querem levar?

Cartaz da conferência.

Êxito absoluto da conferência organizada pela Asociación Guadalajara Despierta para abordar o que aconteceu durante a pandemia quanto a Direitos e Liberdades.

O lugar estava cheio, tanto no salão principal como na sala adjacente onde foi preciso instalar um écran para acompanhar a conferência em directo. O público assistente, na maioria de idade madura, compareceu com interesse para ouvir as intervenções dos conferencistas: Nines Maestro, médica, técnica superior em Saúde pública, ex porta-voz de saúde da Izquierda Unida no Congresso dos Deputados; Teresa Forcades, Doutora em Medicina, Saúde Pública e Doutora em Teologia, perita em liberdade e autodeterminação; Valerie Oyarzun, Promotor do Tribunal Provincial de Lleida e jurista; Jon Ander Etxebarría, ex decano do colégio de Biólogos do País Vasco; e Juan Zaragoza, Engenheiro e Divulgador científico.

Um painel de alto nível pelo perfil dos seus intervenientes, que manteve o interesse do público durante as quase três horas de duração do acto.

O conteúdo das intervenções percorreu as decisões tomadas pelos governos desde o começo da pandemia; estudos científicos, colocações a partir da perspectiva da saúde publica e da medicina; e uma análise pormenorizada de como se violaram os direitos em diferentes âmbitos da cidadania e dos pacientes.

Uma conferência que também foi difundida em directo e que nos próximos dias será publicada na íntegra, onde o público pode ter uma visão de conjunto e aceder à análise destes peritos em dados comparados entre países, tratamentos médicos aplicados, decisões tomadas sem base na ciência e restrição de tratamentos que haviam demonstrado a sua eficácia. O papel e o poder da indústria farmacêutica e dos organismos cujo financiamento delas depende também foi um dos pontos fundamentais na exposição.

A seguir, apresentamos aos nossos leitores um extracto das intervenções.

BLOCO UM: Por que esta pandemia?

Angeles Maestro: É importante saber o que enfrentamos.

As perguntas que me faço: quem dá as ordens políticas, por que se tomam medidas muito parecidas em todos os países. Por que os governos as acatam, por que as autoridades sanitárias e os profissionais da saúde acatam medidas que objectivamente vão contra a experiência e o conhecimento científico e técnico.

Teresa Forcades: análise de The World in Data.

Nesta base de dados interessou-me estudar o “excesso de mortalidade”. Há uma estimativa dos últimos cinco anos nos diferentes países.

Na Polónia, se repararmos que começa em Janeiro de 2020, a primeira onda não aparece. Só em Novembro, quando começa a haver um excesso de mortalidade.

Na Noruega, zero excesso de mortalidade. Se é um vírus, em princípio não entende fronteiras e não se entende porque aqui não se reflecte.

Os três países com mais excesso de mortalidade no início foram Reino Unido, Itália e Espanha.

É surpreendente a diferença com Portugal, que não tem uma fronteira geológica e no entanto apresenta dados muito diferentes dos de Espanha. Não há nenhum motivo para que se dê excesso de mortalidade tão diferente entre os dois países. O pico de excesso na Espanha na primeira onda não tem correlação com Portugal. Como explicar isto do ponto de vista médico ou epidemiológico?

Os dados recolhidos hoje não permitem uma explicação clara. E não temos dados assimiláveis aos de Espanha a lacrimejar. A única razão que surge ao analisá-los seria a gestão pública.

Luxemburgo curiosamente também apresenta dados gritantes: o vírus não passou. Em Israel os dados também foram muitíssimo mais baixo do que em Espanha.

Jon Ander: é preciso investigar porque utilizaram este relato do vírus. Evidentemente o vírus não distingue entre ricos e pobres, nem entre faixas horárias, nem se está sentado a uma mesa ou de pé no balcão do bar. Mas tratou-se como se se distinguissem.

Utilizou-se algo que é essencial para querer controlar a população: o egoísmo baseado na saúde e na morte.

Para isso criaram um vírus à sua imagem e semelhança. Mas é preciso partir da base, da origem: conhecemos o vírus? Sequenciar um vírus pode ser feito sem problemas; cultivá-lo e isolá-lo não.

Para sequenciar primeiro é preciso extraí-lo de um humano e estudá-lo depois. Mas fez-se ao contrário. A primeira sequenciação foi isolada em células de animais. Isso nunca quer dizer que possa transmitir-se ao humano. O do pangolim, do morcego... é uma narrativa impossível. Contaram-nos uma narrativa e um filme...

Havia outros elementos que é preciso recordar: o PCR adaptado a esse isolamento. Uma sequenciação baseada no SARS-COV1, um vírus comum aos humanos que todos costumamos ter. E não contentes com isso, jogam com os ciclos: na maioria das Comunidades Autónomas fizeram-se 35 a 40 ciclos. E há estudos que assinalam que quando se faz a partir de 25 ciclos a maioria são falsos positivos.

Tudo isto se fez para controlar a população.

Além disso inoculou-se medo. “Distanciamento social”: por que o problema que havia com este vírus era o ócio e reunir-se nos bares? Para que as pessoas não se juntassem, porque era um lugar de discussão e debate.

Criaram um vírus com dotes de selectividade para atacar, para brincar com a população, como se fez. Utilizando além disso uma técnica PCR que nunca pode identificar uma doença. É uma ferramenta de laboratório que requer um estudo posterior.

Autocrítica: não só os políticos e os poderes foram os que organizaram isto. Tiveram, por um lado, uma justificação com o medo da população. Mas tiveram uma parte profissional que aceitou isto: porque é certo que, evidentemente, nos lares [de idosos] abandonaram-se as pessoas. Os que trabalhavam ali podiam haver feito algo.

Quando dizem “eu cumpro ordens” não se pode admitir. Nos lares o que ocorreu do ponto de vista epidemiológico foi que faleceram tantas pessoas porque as gestão dos lares é penosa na Espanha e fazendo um estudo da vacina da gripe de 1919-20 (que para mim foi o primeiro ensaio da que temos agora) nos dados observa-se que onde havia maior taxa de vacinação coincidia com maior taxa de falecimentos. Há motivos mais que suficientes para por sobre a mesa, para ter dúvidas razoáveis, para estudar o que ocorreu e qual é a ferramenta necessária, totalmente necessária: as autópsias. Não se fizeram. Proibiu-se fazê-las aplicando um regulamento. Tratou-se os cadáveres como houvessem sido expostos a uma radiação atómica. A falta de ciência que houve em tudo isto é o que indica que houve uma manipulação sociológica tremenda.

Teresa Forcades: quem adaptou a PCR ad hoc foi um virólogo alemão de referência, publicando um estudo em Janeiro de 2020 no qual se baseou a OMS para pedir que todos os países usassem a PCR para diagnosticar. Mas em Novembo de 2020, 22 cientistas de todo o mundo publicaram em conjunto uma refutação a esse artigo. Assinalaram que a PCR não pode ter mais de 27 ciclos porque ao chegar aos 36 há 97% de falsos positivos. Mas não era a única falha que encontraram no artigo original. Todos os argumentos que estes 22 cientistas apresentaram invalidam a prova utilizada para sustentar toda a narrativa da pandemia, a PCR.

Autopsias: a capacidade de anular o pensamento crítico e a resposta nunca é total. Deu-se o caso interessante do patologista de Hamburgo reconhecido a nível internacional e com a confiança dos políticos locais que, ele sim, pôde fazer autopsias. Também as fizeram no norte da Itália e viram coágulos sanguíneos no pulmão e que a ventilação mecânica piorava o quadro e não o melhorava. Se não se houvesse feito estas autópsias, desobedecendo a legislação, não se teriam salvado vidas.

Em Agosto de 2020, um grupo de investigadores dirigido por um cardiólogo norte-americano analisou um tratamento domiciliar com 85% de eficácia (pode-se encontrar o estudo na web da American Physician Association). É um algoritmo de tratamento domiciliar. Ivermectina, Azitromicina, Aspirina, Vitamina D, Zinco, corticóide inalatória.

Na prática administraram-se mal alguns medicamentos e tratamentos: comprovámos como as pautas sobre administração de ibuprofeno e paracetamol deram-se ao contrário. A dose de corticóides que se está a dar é baixíssima mesmo agora.

Um dos primeiros erros graves foi não tratar nos domicílios. A recomendação principal que se deu às pessoas foi que ficassem em casa com paracetamol.

No Japão, se olharmos o gráfico, observamos que não morrem as pessoas que utilizam a Ivermectina. No México também.

Na Índia a princípio houve muitas mortes, mas cortaram-se rápido com a Ivermectina.

No nosso país não se utiliza a Ivermectina. Em alguns países se a utilizas podem inclusive denunciar-te.

BLOCO DOIS: Como se chegou até aqui

Angeles Maestro: o cenário que se montou exige saber porque. As autoridades sanitárias nem são incompetentes nem são ignorantes. Efectivamente, a OMS erige-se em autoridade máxima a nível mundial utilizando um prestígio que na actualidade não lhe corresponde. A OMS, como outras agências das Nações Unidas, foi construída após a Segunda Guerra Mundial e financiam-na pelos diferentes Estados membros da ONU até finais dos anos oitenta, princípios dos noventa. O afundamento da URSS fez com que se passasse a um mundo em que podiam controlá-la. A OMS é financiada em 90% pela indústria farmacêutica, que de facto tinha muito claro o que a Teresa contou. Nos critérios para a autorização de emergência de um medicamento nos EUA o quarto requisito é que não existam medicamentos alternativos. Ou seja, está-se a dar uma autorização violando todos os prazos e os critérios de segurança porque há uma situação terrível a nível mundial e não há alternativa. Desprezou-se, ocultou-se e perseguiu-se todos os tratamentos que valiam e funcionavam. Esses medicamentos eram muito baratos, haviam caducado as suas patentes, considerados essenciais pela OMS e de uso maciço nos países que tinham, por exemplo, malária. Inclusive financiou-se e publicou-se um estudo absolutamente fraudulento (chama-se “Lancet Gate”), feito por uma empresa fantasma de onze empregados que disse haver revisto 96 mil histórias clínicas e ter concluído que a hidroxicloroquina tinha uma toxicidade cardíaca elevadíssima e era praticamente um veneno. Houve 200 cientistas que, como no caso da PCR, impugnaram-no a tempo, de tal modo que The Lancet e o New England Journal of Medicine tiveram que publicar uma retratação desse artigo. Mas não só isso: puseram em marcha ensaios clínicos no Brasil com a hidroxicloroquina em doses tóxicas (ministravam-se doses que superavam em seis vezes as recomendadas). Morreram 40% das pessoas que participavam num ensaio por haverem administrado mal as doses.

Facilitou-se todo o cenário para que a única solução fossem as vacinas. Aqui se evidencia o poder da indústria farmacêutica no sistema sanitário.

Como Peter Gotzche, biólogo, químico, no seu livro Medicamentos que matam e crime organizado, compara a Big Pharma com a máfia, simplesmente acrescentando que a farmacêutica mata mais do que a máfia e rouba mais dinheiro dos cofres públicos do que a máfia organizada em toda a sua história. É muito importante que se saiba isso na hora de entender porque o pessoal sanitário enguliu; até que ponto a indústria farmacêutica controla o que se ensina nas universidades; controla os ensaios clínicos nos hospitais públicos. Por que é que se normalizou nas profissões médicas que a única contribuição de informação científica venha das empresas que vendem os medicamentos? Por que quase não há congressos – salvo neonatologia – que não sejam financiados pela indústria farmacêutica? Dão-se prendas de todo tipo e condição e controla-se com uma capacidade de suborno enorme que levou a sanções judiciais dos grandes laboratórios da grande indústria farmacêutica. Os Estados Unidos foram o único lugar o aparelho judicial sentenciou contra estas farmacêuticas pelos graves danos provocados.

Em toda esta pandemia não entenderíamos nada se não soubéssemos dos grandes poderes económicos do mundo, dos grandes fundos de investimento que por sua vez são proprietários das indústrias farmacêuticas e por sua vez ainda dos meios de comunicação, que têm capacidade para colocar na EMA [European Medicines Agency] uma senhora que era a gerente da sociedade encarregada de fazer lobby na UE. A FDA é financiada em 40% oficialmente pela indústria farmacêutica. Outra coisa são os subornos e pressões que vêem por outros caminhos.

As vacinas não se começaram a fabricar maciçamente enquanto não conseguiram que nos EUA e na UE se isentasse a indústria farmacêutica de todo tipo de responsabilidades por efeitos adversos. Esse é o poder que enfrentamos.

Valery Oyazun: Separar a ciência da consciência trouxe grandes consequências e hoje estamos a pagá-las. Portanto, por que esta pandemia? Antes da pandemia falava-se de tranhumanismo: a ele chega-se com a desumanização. A violar os direitos fundamentais da população é que se avança neste sentido.

Ursula Von Der Leyen propôs eliminar o Código de Nuremberg de 1947: alguns querem apagar este rastro, é um ataque à nossa espécie através do uso da pseudo-ciência. Está a produzir-se a violação de Direitos Fundamentais, que datam de 1948.

Cabe recordar que algumas coisas que estamos a viver agora já aconteceram antes. Como em 1942 a limitação aos judeus de acesso a diferentes locais. Anteriormente se lhes havia excluído de profissões. Limitava-se-lhes a entrada em centros de saúde. Expulsaram crianças judias das escolas públicas.

Se trocarmos o termo “judeu” por “não vacinado” veremos muitas semelhanças.

O código de Nuremberg estabelece que todo medicamento que se aplique a um paciente deve contar com o seu consentimento informado prévio. Consideram os senhores que receberam toda a informação necessária? Disseram-lhe que estavam a submeter-se a um ensaio clínico? Quais podiam ser os efeitos secundários? Esta última questão é impossível que se tenha dito porque desconheciam-se e ainda se desconhecem. O que implica que não se tem conhecimento da sua segurança e da sua eficácia.

No código de ética médica e de enfermaria exige-se a obrigação de informar o paciente.

O que acontece quando uma pessoa não está devidamente informada? Não tem essa capacidade necessária para tomar uma decisão. Se a vontade não está afectada, toma uma decisão induzida: verifica-se então uma violação da autonomia do paciente.

Sobre o tratamento que se está a dar às pessoas que não se inoculam, é de assinalar que são aquelas que de forma consciente ou inconsciente estão a velar pelo cumprimento da norma, do direito natural inato de ser solidários consigo mesmos e com a espécie porque não estão a permitir que se altere o seu genoma, que é o genoma de todos. A nível ético tem grande importância. Quando lhes disserem que não são solidários, têm fundamentação jurídica de sobra, plasmada nos tratados internacionais: primazia do ser humano único e individual; o interesse humano prevalece sobre a sociedade ou a ciência. Nem a sociedade nem a ciência está acima do indivíduo e portanto ninguém pode culpabilizar por não querer participar num ensaio clínico.

Muito antes que começasse esta declaração de pandemia, que deveria avaliar-se (porque mudaram-se os conceitos de pandemia, imunidade e vacina), para um ensaio clínico, no acordo de Oviedo estabelece-se que não se pode fazer um experimento com uma pessoa quando existam tratamentos alternativos. Existiam e agora se está a demonstrar. Estes tratamentos são os que foram comentados anteriormente. Foram negados sistematicamente à população o acesso a eles. No dia de hoje há pessoas que reclamam estes tratamentos ao qual têm direitos, com base na lei, e são-lhes negados. Implica uma flagelação inapresentável dos direitos fundamentais do paciente. São a evidência da falta de humanidade que se está a verificar no exercício da medicina.

Outro requisito é que não haja riscos graves no experimento: e isto já se demonstrou que não está a ser assim. Há mortes e casos graves.

Uma das fichas publicadas pela Agência do Medicamento assinala que não há dados sobre efeitos adversos porque ainda está em fase de ensaio. Os resultados do ensaio devem-se enviar em Dezembro de 2023. Parece que se está também a aplicar placebo: portanto, está-se a inocular nas pessoas um placebo sem sabê-lo?

A falta de consentimento informado é prática má: decorrem danos morais e também podem dar-se danos físicos. O facto de não se ter informado já dá direito a exigir responsabilidades. A jurisprudência o considera como um dano moral grave, independentemente dos danos físicos que possam verificar-se.

Na lei de ensaios clínicos, presume-se que os danos que se verifiquem durante o ensaio e um ano depois foram causados pelo medicamento. Dá-se como facto uma presunção em favor da pessoa, pelo que não é ela que tem de demonstrar qualquer coisa. Considera-se de facto que o que se passe depois de um ano não é atribuível à injecção que haja recebido. E deverão ser objectivo de ressarcimento. Para efeitos de responsabilidade, na Espanha a lei de ensaios clínicos submete-se ao convénio de Oviedo que é cumprimento obrigatório para todos.

A declaração de Helsínquia recorda que é dever do médico reconhecer o direito de auto-determinação do paciente e cuidar da sua saúde. A responsabilidade recai sobre o profissional sanitário e não sobre as pessoas que se submetem a um ensaio clínico.

Teríamos que recordar a resolução 19-09-19 2819 do Parlamento Europeu: sobre as vítimas dos regime totalitários das ditaduras comunistas, nazis e de outro tipo... pode-se considerar totalitarismo sanitário o que viola os direitos do paciente ou da pessoa sã? No apartado onze considera-se que devem ser tratados como heróis da luta anti-totalitária os que se negaram a cumprir ordens injustas.

A obediência devida é proibida quando se vulneram ou flagelam direitos ou liberdades fundamentais.

Após a segunda guerra mundial, o tribunal internacional de Nuremberg estabeleceu claramente esta questão. O Supremo também insistiu em que há obrigação de desobedecer toda ordem que vá contra os princípios fundamentais do ordenamento jurídico.

Uma da questões essenciais: carácter necessário do debate público (estabelecido no acordo de Oviedo). Deve ser apropriado. Por exemplo: deveria ter sido colocado para os diferentes tratamentos como a Ivermectina, a hidroxicloroquina, o dióxido de cloro (existem patentes na matéria para tratar doenças infecciosas).

Em 2 de Março de 2021 fez-se pública a eficácia da tecnologia de ionização activa: foi reconhecido pelo [hospital] Severo Ochoa, a Universidade Autónoma de Madrid e o CESIC que eliminava o Covid em 99% em 15 minutos. Será preciso submeter as crianças ou os trabalhadores às máscaras quando existe este sistema? Por que não foram implementadas estas medidas?

Reconheceu-se que um arco nebulizador desinfectava os edifícios públicos. Onde estão estes arcos?

A finalidade desta pandemia talvez fosse desumanizar-nos.

BLOCO TRÊS: Vacinas

Por que nenhuma administração, que deveria velar pela nossa saúde, fez uma análise destas vacinas a fim de verificar: se os ingredientes que estão listados são os que realmente ela contém; se essa cadeia de ARNm que codifica a proteína da espécula realmente está [presente]; se há presença, como se suspeita, de dióxido de grafeno ou de outras substâncias?

Jon Ander: quando falamos da vacina, é preciso saber contra que. Porque se diz que é contra um vírus que não se demonstrou que haja cultivo do mesmo. O Ministério da Saúde reconhece que não se cultivou o vírus. É a primeira coisa que há que pensar. Sobre o conteúdo da vacina, há muita gente que se pergunta porque não se analisam embalagens (viales): no ponto em que estamos creio que não vale de nada. Quem tem que fazer isto é quem não o fez: é a AEMPS [Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos Sanitários]. São eles que tinham que haver analisado as embalagens e haver dado à população toda a informação necessária.

Esta vacina, além da composição que têm de me mostrar, são ensaios e relatórios onde o senhor tendo isolado (farmacêuticas) o vírus diz-me que com ela vou estar protegido. Enquanto não me mostrarem isso... não me vale de nada. As vacinas têm infinidade de coisas, metais pesados, nanopartículas que é preciso saber o que podem gerar.

Aí é onde vejo um ponto inicial: preciso que me demonstrem que há doença. E a seguir que me falem de vacina.

Sobre a “Solidariedade dos vacinados”: se olharmos o mapa do mundo vemos que afectam a todos por igual. A primeira coisa que se teria que garantir, em termos de solidariedade, que chegue a todo o mundo.

Teresa Forcades: No âmbito médico é muito importante o que ocorreu nos últimos 30 anos. Nem sempre a OMS foi uma entidade corrupta: a meia volta verificou-se quando passou a ser controlada pelas indústrias com interesses. Os controles externos não poderiam dar segurança: na Alemanha há uma comissão de médicos e advogados (dentre ele o advogado que ganhou o caso da Volkswagen por contaminação) e entrevistaram recentemente um ex-responsáel da Pfizer (gráfico). A Astrazéneca não se administra nos EUA: há alguns lotes que são muito tóxicos e outros que não são. Recomenda-se rever a informação disponível no seguinte sítio web: https://howbad.info

Dados analisados do VAERS: desde 2011 até 2021, o máximo de efeitos é abaixo dos 50.000. Mas não se pode comparar com o ano 2021, que sobe para 500.000 notificações. São dados que não significam que cada uma delas se deve à vacina, mas não há dúvida de que marca uma diferença que implica um alerta sanitário a ser atendido.

As mortes notificadas após a vacina até 2021: até este momento a taxa estava abaixo de 170 e agora reflectem-se 6639 no momento em que foi escrito o artigo que Forcades analisa. Com 23 mortes nos anos 70 parou-se a campanha de vacinação porque se considerou inaceitável. “Vacinar não é tratar uma doença. Não é tentar salvar uma vida de alguém doente. É dar algo a uma pessoa sã para evitar um perigo potencial”.

A princípio a Pfizer publicou mais de 97% de protecção: é um risco relativo. Do grupo placebo e do grupo que se inoculou com vacina, o número que saiu com teste positivo era num grupo 97% menos. O dado sai daí. Mas se sabemos que o risco de sair positivo na população geral é inferior a 1%, a diminuição real dessa vacina, ainda que seja tomando como certos estes dados, seria de 0,8%. Para diminuir o risco em 0,8% não se pode correr outro risco: a balança é desproporcionada.

A Queen Mary University analisa os dados dos Estados Unidos: no artigo que se apresenta, os investigadores explicam que dão os dados norte-americanos porque não têm acesso aos dados ingleses. Na sua análise vêm exactamente o mesmo que no outro estudo analisado.

Ángeles Maestro: quanto à composição das vacinas, chamo a atenção para o facto de que um coronel da força aérea ofereceu os laboratórios públicos das forças armadas para poder analisar a composição das vacinas. De facto, dirigiu uma carta à ministra da Defesa alertando para o que estava a ver (uma proporção exageradamente alta em pessoas jovens inoculadas com diferentes efeitos adversos). (Neste momento o público saúda o referido coronel, que se encontrava na sala como ouvinte e posteriormente foi convidado a subir ao palco).

BLOCO QUATRO: Para onde nos querem levar?

Angeles Maestro: Desde 1988 até 2021: mais da metade das mortes são as notificadas pelas vacinas Covid neste último ano.

Algo muito brutal ia passar-se em 2019: a crise do capitalismo está a saldar-se com transferências maciças de dinheiro público para empresas multinacionais e da banca. Recorre-se a enormes quantidades de dinheiro público. Neste cenário a que estamos a assistir, eu que não sou economista creio que é necessário entender quais são as chaves fundamentais que se estão a mover a nível económico em tudo isto: de facto, todas as medidas que vimos que não tinham a menor sustentação médica nem epidemiológica tiveram, sim, efeitos devastadores que alguns comparam a uma guerra devastadora. Exemplo: na Espanha verificou-se a destruição de 63.000 pequenas e médias empresas que deixaram sem nenhuma capacidade de futuro centenas de milhares de trabalhadores e de pequenos empresários. Quando destróis uma parte do mercado, alguém se aproveita dessa parte do mercado, não é uma destruição simples: é uma parte do mercado que é aproveitada por outras empresas. Aqui, desde [a banqueira] Ana Patricia Botín até a Amazon, e sobretudo as plataformas tecnológicas, apropriaram-se dessa parte do mercado. O valor das bolsas mundiais em Março de 2020 era de 60 milhões de milhões de dólares e em Dezembro de 2021 esse número havia subido para 121 milhões de milhões de dólares.

Os grandes beneficiários são os chamados GAFAM (Google, Apple, Facebook, Amazon): são as grandes empresas tecnológicas que viram acumular-se seus lucros em proporções gigantescas. O que interessa identificar é que essas empresas, associadas aos grandes meios de comunicação do mundo, são as põem em marcha o sistema de alerta precoce para censurar qualquer tipo de opinião e informação. A mim própria acaba de me acontecer com um media digital das Canárias: censuraram-me no youtube.

A Black Rock, a Vanguard são os proprietários das grandes farmacêuticas e dos meios de comunicação Grupo PRISA, cadeia SER, todos muito de esquerdas e muito progressistas foram resgatados por eles.

No dia 28 de Dezembro o Boletin Oficial del Estado (BOE) publicou a reforma da segurança nacional efectuada pelo governo progressista no qual se dizia especificamente que se havia adiantado a reforma da estratégia de segurança nacional precisamente por causa do Covid. E que o Governo, numa norma de desenvolvimento da estratégia de segurança nacional, reservava-se o direito de censurar e intervir em qualquer tipo de informação que considerasse atentatória à segurança nacional. Digo-lhes tudo isto porque os grandes poderes da oligarquia capitalista a nível mundial viram que era preciso fazer uma espécie de reconfiguração em grande escala porque o capitalismo não tinha outra opção elegível. Era a única saída que havia a ser tomada e tomou-se em condições nas quais a população estava submetida a circunstancias de pânico, de isolamento e de impotência. Essas circunstâncias tinham a ver com a digitalização, trabalho de plataforma, capitalismo verde que por sua vez está a ser conduzida através dos fundos Next Generation da UE que chegam às grandes empresas e grandes multinacionais.

O que esta oligarquia mundial, dona dos meios de comunicação, das grandes empresas tecnológicas e das farmacêuticas pretendem (outra coisa é que o consigam) é uma espécie de situação, de salário mínimo baixo e pensões mínimas a nível mundial, suficientes para que não haja uma explosão social, para que não haja a capacidade de resposta das pessoas perante a negação de condições da essência humana, de liberdade individual e de capacidade de reacção colectiva das trabalhadoras e trabalhadores e da pequena e média empresa que viram aniquiladas suas possibilidades de futuro.

A grande ausência da esquerda de todo tipo e de todo este debate. Dizer a uma pessoa como eu que estou a apoiar a extrema direita quando as organizações de esquerda estão a abraçar o discurso do poder é uma vergonha. Espero sinceramente que haja uma reacção porque é verdade que a violação dos direitos fundamentais não é de direitas nem de esquerdas; mas a ofensiva económica, social e ideológica destinada a destruir as organizações populares é um elemento chave da luta de classes, da luta do grande capital contra o povo. Por isso espero que em prol da resposta e da resistência que tem de vir, que organizações que hoje estão atemorizadas por quatro sem-vergonhas que estão encurralando o debate social entendam que efectivamente a essência das organizações de esquerda está em causa nesta pandemia. Se este silêncio persistir será muito difícil legitimar a capacidade de denunciar submissões, ataques, agressões sociais e económicas, depois de haveres tragado o discurso dos grandes poderes deste mundo.

Coronel: Eu não quero ser protagonista de nada. O importante é a verdade. Sou militar. Não me encaixavam as coisas e conheci pessoas que trabalhavam na AEMPS que me avisavam de que se estavam a inocular substâncias sem nenhum tipo de controle. No exército do ar conhecemos bem a importância de efectuar controle: por exemplo, sempre se analisam os combustíveis antes de voar.

O dia 2 de Novembro, foi significativo, fiquei até às duas das manhã ouvindo o relatório do doutor Campra. Falava de certa substância tóxica nas vacinas. No dia seguinte íamos em visita ao centro de farmácia da defesa, muito moderno, com capacidade de fazer o que fez Campra, mas bem, com meios modernos. Durante a visita estive a fazer perguntas e no final, quando íamos embora, dei o relatório impresso à chefa do centro pedindo-lhe que em atenção ao seu juramento hipocrático contrastasse o relatório. Ela o aceitou, com testemunhas. Passou o tempo e não me respondiam. E isso levou-me a escrever a carta, porque nós podemos fazer petições legais a quem possa resolvê-lo. Escrevi à ministra, pedindo controle de qualidade de algumas embalagens que se estavam a aplicar. Não responderam até agora. Pedi que se suspendesse a vacinação até que se demonstrasse não haver toxicidade.

Jon Ander: Tomaram-se as medidas de maneira política, sem base científica. Já o dissemos muitas vezes. Quando se apresentam dúvidas, é importante parar e contrastar.

O eixo de esquerda e direita ficou superado. As ideologias transformaram-se em etiquetas. Há que empedrar a sociedade e construir uma nova ideologia.

Teresa Forcades: Precisamos abordar esta situação com uma mentalidade aberta. Todos viemos de ambientes nos quais o critério não é unânime.

06/Fevereiro/2022

[*] Jornalista.

O original encontra-se em diario16.com/lleno-absoluto-en-la-conferencia-sobre-derechos-y-libertades-en-tiempos-de-pandemia/

Esta reportagem encontra-se em resistir.info

07/Fev/22