Aumento de mortalidade (in)explicável

O corante de um caramelo tem mais certificados de segurança do que a próxima dose de uma vacina de administração maciça.

Jesús Villajos Barja [*]

Como já nos advertia Peter Doshi, editor do British Medical Journal (BMJ), ainda não há evidência científica de que as vacinas Covid-19 tenham salvado uma única vida, explicava no seu editorial:   A presença de anticorpos não implica imunidade se estes não forem neutralizantes. O que estava para vir não foi surpresa nenhuma, nos ensaios clínicos já se via que não eram neutralizantes, depois introduziram o magistral conceito de que com mais doses acabaria por ser eficaz... o resto já é história. Oportunamente já discutimos todos os pormenores e motivos do fracasso destas vacinas, que foram brilhantemente expostos por Joan-Ramon Laporte no Congresso.

Desde 31 de Agosto de 2022 fica reconhecido e publicado em revista revisada por pares que o risco/benefício das inoculações para covid-19 da Moderna e da Pfizer é negativo: “O ensaio da Pfizer exibiu um risco 36% maior de eventos adversos graves nos participantes vacinados em comparação com os recetores de placebo”.

Pessoalmente, depois destes anos, minha intenção é ultrapassar esta página, este tema nos deixou exaustos, se fosse um julgamento o tema estaria pronto para sentença desde há muito tempo, mas desgraçadamente, como explicaremos mais adiante, a Big Pharma não vai ceder ou abster-se de nenhuma dose ou rodada de financiamento, a não ser que uma sentença lhe diga o contrário, e isso não está muito longe de acontecer:

Os advogados de Whistleblower dizem que a Pfizer poderia ser responsabilizada por US$3,3 mil milhões em danos. O processo de Jackson alega que a Pfizer e dois dos seus subcontratistas violaram a Lei de Reclamações Falsas ao proporcionar resultados de ensaios clínicos falsos para obter a aprovação da FDA da sua vacina COVID-19.

Em outros artigos documentámos o que a ciência pôde confirmar, mas para além da ciência está a realidade. Assim, comecemos pelo mais básico.

Mortes diretas oficiais:

Estatísticas da Eudra.

Na Europa (EudraVigilance) registaram-se 45.316 mortes e 4.416.778 lesões (2 milhões graves), até 4 de junho de 2022.

Nos EUA (Open VAERS) 1.287.593 de lesões por ‘vacinas’ COVID e 28.532 mortes relatadas ao VAERS, segundo dados dos VAERS até 27 de maio de 2022.

Ou seja, acumulámos 73.848 mortes e 5.704.371 efeitos adversos entre os EUA e a Europa pelas terapias genéticas COVID.

Com o já mítico e conhecido gráfico da vergonha onde se verifica que as injeções Covid são 75 vezes mais mortais que qualquer outra vacina combinada nos últimos 20 anos.

Todas as mortes relatadas pelo VAERS, ano a ano.

Historicamente, demonstrou-se que os sistemas de vigilância de danos de medicamentos só informam acerca de 1% dos eventos adversos reais. O leitor perguntar-se-á: qual pode ser o número de mortes em que estaríamos a mover-nos, tendo em conta o (factor de subestimação) ou URF [Factor de Unidade de Risco]. Wayne fez um cálculo do URF, que basicamente é através do cruzamento de dados de excesso de mortalidade com o VAERS e a URF que estimou foi de 44,64.

Using CMS Whistleblower Data to Approximate the Under-Reporting Factor for VAERS

Para ter uma ideia, um factor de URF de 40 dava umas 400.000 mortes só em 2021.

Aplicando este factor a 2022, Steve Kirsh, fundador da Fundação para a Investigação da Segurança, estima que as injeções de Covid mataram entre 5 e 12 milhões de pessoas em todo o mundo.

Numa estimativa não importa tanto o valor e sim a ordem de grandeza e estamos a mover-nos em números de milhões, não de milhares nem de centenas. Os números são tão esmagadores que o leitor, de forma defensiva, pode interpretar que estes 5 milhões são uma estimativa por alto, mas exatamente o contrário, o certo é que o salto de 100.000 mortos (oficiais) para um milhão de mortos não é tão grande como poderia parecer à primeira vista, é só um factor de URF de apenas 10, assumido como factor mínimo ou base dos sistemas de relato de medicamentos.

Mas se a URF é de 10 ou de 40, onde deveria refletir-se?

De facto, o excesso de mortalidade pode responder à pergunta sobre se os relatos estão subestimados. Spoiler: sim, estão, e os países mais vacinados são os que apresentam maior excesso de mortalidade.

Registos no Reino Unido

O Reino Unido tem o seu próprio sistema de relato. Isto facilita que neste país se tenham relatado mais casos do que a média europeia, mostrando dados mais contundentes.

É possível que algumas das seguintes afirmações sejam inicialmente difíceis de acreditar, mas todas e cada uma foram extraídas de documentos oficiais, cada articulo faz a ligação com os relatórios de onde foi extraída a estatística.

Relatórios do governo do governo do Reino Unido demonstram que:

Evidencias de despopulação

O leitor poderia perguntar-se se o excesso de mortalidade poderia ser devido a outras causas e qual é o motivo de não estar a associar-se esse excesso às vacinas. O que nos leva ao ponto seguinte.

Manipulação e cozinhado de dados

Neste artigo analisa-se como foram manipulados os dados no momento de agregá-los: um dos pilares básicos foi dividir a vacina em duas doses, o que permitiu à Pfizer, nos ensaios clínicos, esquivar os mortos da primeira dose como não vacinados. Por duro que pareça, nos seus documentos internos desclassificados via judicial reconheceram que um dos motivos de aplicar duas doses era esse e, assim, facilitar a aprovação dos ensaios clínicos.

Um número significativo de mortes, dentro dos 14 a 21 dias posteriores às injeções, não se relatam como causadas pelas injeções ou relacionadas com elas e sim como mortes por COVID.

Inicialmente este esquema funcionou maravilhosamente a fim de impulsionar a aceitação de milhares de milhões de doses entre as populações mundiais, mas nos últimos tempos começou a falhar porque se tornou evidente que a maioria das mortes por COVID ocorreu entre os “vacinados”. Por que?

Ao ajustar as populações “vacinadas” e sendo estas maiores em número que as populações “não vacinadas”, os dados recentes mostram que os “vacinados” têm várias vezes mais probabilidades de morrer que os “não vacinados”.

Uma solução simples para melhorar a ótica, pelos menos temporariamente, é reduzir as contagens de mortes por COVID, incluindo-se como mortes devidas a outras causas não relacionadas com COVID, a qual é fácil de fazer dada a ambígua definição de “morte por COVID”.

Uma consequência colateral do esquema foi uma forte consequência entre as novas injeções de COVID e um rápido aumento nas mortes não relacionadas com COVID, que finalmente se observa nos dados de mortalidade por todas as causas, como veremos no caso da Espanha.

As vacinas demoram uma média de 5 meses a matar as pessoas

Mas para além da manipulação dos dados há outra causa mais profunda e mais determinante, que nos leva ao seguinte ponto, conforme analisava Kirsh já em 2021: sempre assumimos que a vacina mata rapidamente (nas primeiras duas semanas) porque é quando as pessoas notam a associação e informam o VAERS. Isto continua a ser correto; algumas pessoas morrem rapidamente.

O atraso de cinco meses também é consistente com os relatos de morte em que as pessoas estão a desenvolver novos câncers agressivos que as estão a matar num período de 4 a 6 meses. Também podemos ver que a maioria destas mortes que acontecem com este lapso de 5 meses ocorre por derrame (ictus) ou enfartes ou paradas cardio-respiratórias. E é preciso ter em conta que no verão verificar-se-iam mais mortes ao aumentar a atividade física e portanto a exigência a um coração que poderia estar seriamente afetado pelas lesões que produzem as “vacina”. Isto temos podido ver no caso de desportistas profissionais que, dia sim dia sim, estão a falecer em competição ou treino.

Percentagem de aumento de mortes diárias, 2020 para 2021.

Este gráfico compara as mortes de 2021 com as mortes de 2020. A vacina simplesmente demorou uma média de 5 meses a matar as pessoas. O pico aqui é 9 de setembro de 2021.

Chegados a este ponto, o leitor poderia perguntar-se: será que esse excesso de mortes, seja nas primeiras semanas ou em meses sucessivos, está a ser registado? E de facto esta é a pergunta chave.

As pessoas com lesões neurológicas por vacinas geralmente são descartadas como casos mentais pelos seus médicos porque não aparece nada nas provas estandarte e na ressonância magnética, pelo que os pacientes são vistos como “normais”. E isto é porque:

Os mecanismos de dano causados pelas vacinas são demasiado pequenos, produzem-se a nível endotelial e não se vêm nas provas estandarte (incluída ressonância magnética) que fazem os médicos, a não ser que apliquem um protocolo específico ou façam uma biopsia dos tecidos afetados.

O doutor Bhakdi acaba de publicar recentemente em agosto um artigo revelador analisando os danos nos tecidos, que ilustra o que estamos a falar:

https://doctors4covidethics.org/wp-content/uploads/2022/08/Dano_vascular_y_de_organos_inducido_por_vacunas_de_ARNm_Prueba_irrefutable.pdf

Para além da especificidade de provas que não estão a ser feitas, nem tão pouco as autópsias salvo casos excecionais, nem sequer temos uma estatística mínima do estado de vacinação real. Neste sentido, a associação Liberum solicitou a diversas Consejerías de Salud y Sanidad, e ao Ministério da Saúde, um relatório acerca do excesso de mortalidade durante o ano de 2022, no qual solicitam que se indique se os falecidos estavam vacinados contra o Covid-19 ou não estavam, a marca da vacina recebida das quatro existentes, as doses administradas e que seja apresentada atendendo as diferentes faixas etárias.

Chegados a este ponto, recapitulemos os dados que temos para a Espanha:

Eficácia da vacinas em relação a 2020

Se compararmos os dados do Ministério da Saúde, entre 29 de junho de 2020 (com 0 “vacinados”) e 29 de junho de 2022 (com quase todo mundo “vacinado”):

Estatísticas do Min. da Saúde de Espanha.

*Actualizações Covid 152 e 612 de Sanidad. Agora, não dão os dados totais de entradas Covid; dão entradas por 100.000 habitantes. Aplicamos sobre 47.435.597 para poder comparar.

Como se pode ver, temos 59 vezes mais hospitalizações com diagnóstico Covid. Multiplicou-se por 37 o número de entradas em UCI e houve 10 vezes mais falecimentos com diagnóstico Covid. Não percamos o foco: (o vírus quimera de Wuhan) extinguiu-se oficialmente em junho de 2020, depois as variações ou mutações resultaram numa versão atenuada do vírus e, contudo, temos piores resultados.

O que tínhamos em 2020 que não temos agora para obter estes dados?

Fundamentalmente, o que tínhamos em 2020 era um sistema imune que não estava suprimido mediante vacinas. Chegaram-se a registar níveis de linfócitos T, muito baixos inclusive 6 meses depois da inoculação; os vacinados sofrem um debilitamento dos glóbulos brancos e redução das células T, CD8+, uma classe de imunodeficiência adquirida (SIDA)

https://www.nature.com/articles/s41421-021-00329-3

Antes de continuar, vamos deter-nos nos dados para as crianças. Em novembro último foi aprovada a decisão de inocular uma população de risco nulo ou inexistente e da noite para o dia quiseram pô-los como o foco da pandemia.

Pois bem, o que se passou?

Mortalidade infantil

O gráfico mostra o excesso de mortes semanais (desvio na mortalidade do nível esperado) nos 24 países sócios do EuroMOMO durante os anos 2020, 2021 e 2022, no grupo de idade de 0 a 14 anos. O gráfico não necessita mais comentários.

Desvio da mortalidade em relação ao nível esperado.

O gráfico seguinte reflete o excesso de mortalidade infantil e adolescente e vacinação contra o Covid. Coincide com as datas das inoculações, mas como nos diria a Big Pharma, o que estás a ver não é o que parece... simplesmente não tens suficiente formação para interpretar os dados.

Excesso cumulativo de mortes, 0 aos 14.

Excesso de mortalidade em crianças. Os números oficiais de mortalidade na Europa mostram que houve um surpreendente aumento de 691% no excesso de mortes entre as crianças desde que a Agência Europeia de Medicamentos em Maio de 2021 acrescentou a autorização de uso emergencial da vacina Pfizer Covid-19 para sua utilização em crianças de 12 a 15 anos. Lamentavelmente, esta tendência continuou até 2022, com a Europa a registar oficialmente um aumento de 381% no excesso de mortes entre crianças este ano até agora, em comparação com a média de 2018 a 2021.

Excesso de mortes na Europa, 0 aos 14.

Na Espanha, segundo números ajustados por idade de MoMo, o excesso de mortes de julho (linha vermelha) sobre o valor de referência é de 33,7% diferencia o maior excesso de mortes registado na história (excepto março e abril de 2020, quando teve início a pandemia). Para dimensionar melhor estes dados; se se mantivessem estes números durante um ano, na Espanha haveria um excesso de mortalidade sobre o esperado de 125.000 pessoas.

Espanha, causas do excesso de mortes.

https://www.dropbox.com/s/7e0iswcttoh9o7l/EuroMoMo-ZScores-21Aug2022.pdf?dl=0
https://threadreaderapp.com/thread/1562028980286504960.html

Inclusive seguindo as teses dos dados oficiais, em que qualquer desvanecimento, enfarte, derrame ou colapso é registado como causado por golpe de calor, batendo assim um recorde sem precedentes de registos por esse motivo, ainda assim nos restariam outras 10.000 mortes sem explicação. O elefante na sala que ninguém quer ver. Não importa, só restam dois anos para que este pico desapareça dos gráficos porque a média é feita a 5 anos de vista, de modo que este excesso será a nova normalidade.

Espanha, excesso de mortes ajustado por idades.

E neste outro gráfico pode-se ver que o excesso de mortes no pico da pandemia de 2020 já foi igualado pelos sucessivos excessos de 2021 e 2022 (com vacinas).

Espanha, excesso de mortes, todas as causas.

Espanha e Portugal, junto com os Emirados Árabes, a China e Singapura têm a honra de estar no pódium dos países mais vacinados com dupla dose contra o Covid-19, de facto Portugal ronda os 90% sendo o país europeu com maior percentagem de vacinação.

Populações do mundo vacinadas contra o Covid.

E qual é o resultado para Portugal? Desgraçadamente, o prémio é quatro vezes maior mortalidade que a média do resto da Europa.

https://www.jn.pt/nacional/portugal-volta-a-registar-em-junho-maior-taxa-de-excesso-de-mortalidade-da-ue-15097144.html

Para os que pensem que estes dados são globais e podem argumentar que não refletem se a vacinação pôde ajudar grupos de pessoas maiores ou mais vulneráveis (eixo principal do discurso das nossas autoridades sanitárias), incluímos os dados do INE para estes grupos em que a mortalidade aumentou nesta distribuição:

55 a 59 anos: +   1.136
60 a 64 anos: +   2.842
65 a 69 anos: +   3.715
70 a 74 anos: +   2.971
75 a 79 anos: +   6.800
A partir 80 anos: +  14.731

De facto, em 2021, o ano da vacinação maciça, todos os grupos sofreram mais mortes que em 2019, exceto o de 0 a 4 anos, único grupo não vacinado.

E para os céticos que possam argumentar que realmente o que gostariam de ter em mãos é uma análise e provas especificas para um grupo de população jovem até os 50 anos, que foi onde realmente a Pfizer realizou seus ensaios clínicos numa tentativa de ver se as percentagens melhoravam, remetemos às declarações de uma oficial médica do exército dos EUA que testemunhou perante o Tribunal: Um supervisor ordenou-lhe encobrir o dano da vacina Covid-19 por ordem do regime de Biden. A Dra. Long também testemunhou que os dados mostram que as mortes de militares pelas vacinas superam as mortes pelo próprio COVID-19.

A quarta é a boa

Pois bem, com estes dados debaixo do braço a Big Pharma se apresentará para [obter] a sua 4ª dose de financiamento. Nesta ocasião vêm dizer-nos que esta é a boa. Por que? Porque sim e, neste caso mais literal do que nunca, já que acordaram uma mudança com a FDA na autorização da vacina, a qual permite à Pfizer e à Moderna solicitar a aprovação do reforço BA.5 sem necessidade de incluir os dados dos ensaios clínicos em pessoas.

https://fortune-com.translate.goog/2022/08/24/pfizer-moderna-fda-covid-vaccine-authorization-omicron-booster-ba5-clinical-trial-data/?_x_tr_sl=auto&_x_tr_tl=es&_x_tr_hl=en&_x_tr_pto=wapp

Se alguém quiser saber os espetaculares resultados que nos apresentam, o único estudo publicado até à data é um estudo com ratos em que todos se contagiaram com Covid depois de receberem seus reforços bivalentes.

Proteção acrescida da dose de reforço.

Neste momento, o corante de um caramelo tem mais certificados de segurança que a próxima dose de uma vacina de administração maciça, com o consentimento das nossas autoridades, por inverossímil que pareça. Desgraçadamente, isto só reflete o poder ilimitado que a sociedade cedeu às corporações. Este artigo do BMJ ilustra com perfeição a encruzilhada em que nos encontramos: A ilusão da medicina baseada na evidência.

Reguladores e agências de medicamento

Que a FDA/EMA e a Big Pharma nos venha vender sua mercadoria não se pode estranhar; mas que o Ministério da Saúde omita toda a sua responsabilidade custa mais a digerir. Este servilismo foi especialmente embaraçoso na aprovação da vacinação infantil, em novembro último, quando os ensaios clínicos vinham envoltos em certa polémica pelo caso de Maddie de Garay, de 13 anos. Quando tinha 12 foi voluntária dos primeiros ensaios da Pfizer e recebeu a segunda dose em 20 de janeiro de 2021. Os sintomas começaram 12 horas depois, com dor abdominal, náuseas, dor em todo o corpo, dor no peito e taquicardia. Agora está confinada a uma cadeira de rodas com uma sonda nasogástrica para poder comer. A Pfizer ocultou o caso, registando-se como sintomas leves e mais adiante descobriu-se a verdade.

A Bélgica, neste caso, pelo menos fez o teatro de fazer que lhes enviassem os dados clínicos e efeitos adversos e atrasou uma semana a aprovação, como gesto simbólico. É mais do que fez a Espanha, que a aprovou sem perguntas em menos de 6 horas. De qualquer forma, como contamos oportunamente toda a fraude em torno dos ensaios clínicos, nos caso da Pfizer será muito difícil que não acabe, no mínimo, com fortes sanções.

Médicos

A classe médica perdeu toda credibilidade. O dia em que se animarem a contar o que estão a ver nas suas consultas já será demasiado tarde. Por muitas hipotecas que tenham de pagar, seu silêncio é especialmente letal. Também se pode dar o caso de que o desconhecimento vá a par, o que somente acrescentaria dor ao já existente. O que se escreveu até agora é muito e muitos profissionais deram a cara, arriscando a sua vida, trabalhos e família.

A maneira de abordar é no mínimo controversa:   vêm nos dizer que lhes pagam para curar, mas não para investigar as causas. Essa couraça seria discutível, inclusive tendo em conta a pressão do sistema (recordemos que afirmar que a “imunidade natural era mais robusta” desencadeou processos de emprego e salário para muitos médicos ainda que depois se houvesse confirmado que era certo – e não obstante continuam processados enquanto os companheiros olham para outro lado). Os colégios de médicos devem prestar contas.

Neste artigo pergunta-se onde fica a responsabilidade individual dos médicos que sancionaram nossos médicos honestos.

Meios de comunicação

Espetáculo desportivo.

Nesta altura, não creio que alguém possa esperar sequer meia verdade dos media generalistas: simplesmente não foram criados para informar, mas o trabalho que realizaram para normalizar as anomalias e contradições é digno de Oscar para as melhores interpretações (possivelmente serão estudadas nas escolas de cinema). Foi todo um espetáculo a forma como no ano passado foram narrando todas as mortes repentinas, não só de jovens e desportistas como também de personagens públicos. Como se lançam a dar a explicação ao invés dos dados. Veja-se os casos de hepatites infantis fulminantes e como as mortes de jovens em pátios de colégios foram omitidas. Contudo, durante mais de um ano, os media várias vezes por dia pormenorizaram os mortos e a ocupação hospitalar (maioritariamente de vacinados) e agora um excesso alarmante de mortalidade sem precedentes na Espanha não merece a sua atenção. Se não é delito, assim parece.

Responsabilidade individual

E para além do que faça o resto, não se pode ignorar o que fez cada um nós porque, apesar de toda a censura, uma simples busca de 2 minutos dá acesso a qualquer pessoa que tenha interesse à oportunidade de aceder a dados oficiais. Nem sempre é fácil interpretá-los, o próprio ministério dedicou-se toda a pandemia a cozinhá-los e proporcioná-los em taxas relativas, categorizando as pessoas com menos de três doses como não vacinadas, o que dificulta muito a sua interpretação. Ainda assim, informar-se hoje está ao alcance de qualquer um.

Para que o leitor faça uma ideia da pressão a que o sistema submete qualquer media, o artigo que escrevi para a campanha de vacinação infantil alcançou grande difusão, mas o Google bloqueou unilateralmente os rendimentos publicitários. Qualquer informação que não se ajuste ao relato ou sofre a censura direta, como puderam verificar os ex-utilizadores de contas do Facebook ou Twitter nestes tempos, ou é aplicada ao media a asfixias económica correspondente. A quantidade de vídeos do You Tube, artigos e material eliminado da rede é pelo menos orwelliana.

Mas não nos enganemos. Para além das redes, o que não sai no telejornal simplesmente não existe para uma grande maioria. Qualquer um que houvesse imaginado que quando a nossa própria vida ou a de nossos filhos se pusesse em risco teria um alarme interno disparado, mas vê-se que ainda restam caminhos a percorrer. É um facto que uma parte da sociedade deixou o seu destino nas mãos do que ditam os media ou as pertinentes figuras de autoridade.

Quantas estradas deve um homem percorrer
Antes que se possa chamá-lo de homem?
A resposta, meu amigo, está no soprar do vento
A resposta está no soprar do vento
How many roads must a man walk down
Before you can call him a man?
The answer, my friend, is blowin’ in the wind
The answer is blowin’ in the wind

07/Setembro/2022

[*] Licenciado em ciências Físicas pea UAM. DEA em Biomedicina Molecular pela UAM.

O original encontra-se em diario16.com/aumento-de-mortalidad-inexplicable/

Este artigo encontra-se em resistir.info

12/Set/22