Análise de risco das novas vacinas Covid-19

– "Por um estrito princípio de precaução e protecção da saúde pública"

UCCSNAL

Capa de 'Ciência Digna'.

A revista Ciência Digna, vol.2, nº1, publicou um artigo elaborado pela União dos Cientistas Comprometidos com a Sociedade e a Natureza da América Latina (UCCSNAL) com o título Elementos para a análise de risco das novas vacinas de ARNm modificado e/ou adenovirus recombinantes contra o SARSCoV-2 (pgs. 18 a 28).

Dada a extensão do artigo e o seu conteúdo científico, resistir.info prefere traduzir e publicar apenas o seu resumo e as reflexões finais. Os interessados poderão descarregar a revista completa em http://uccsnal.org/revista/.


RESUMO: O presente artigo é um trabalho de revisão bibliográfica, que tenta realizar uma contribuição que permita um debate transparente frente à escassez de informação sobre as Novas Vacinas (NV) de ARNm modificado ou vectorizadas, com tecnologias de ADN recombinante contra a COVI-19. Estas NV são variantes das chamadas “terapias génicas”, que por sua definição e pelos procedimentos empregados na sua concepção, na sua síntese e nos seus mecanismos de acção podem ser consideradas vacinas transgénicas. O artigo destaca alguns elementos relevantes para a análise de risco e, ao mesmo tempo, apresenta algumas características destas NV. O trabalho é o resultado de um estudo colectivo e interdisciplinar da UCCSNAL perante a preocupação sobre os riscos destas NV, cujos impactos potenciais não foram avaliados em profundidade. Em consequência, consideramos necessário apelar ao princípio da precaução perante a administração maciça das NV à população.

PALAVRAS CHAVE: COVID-19. Novas vacinas. Terapias génicas. ADN, ARNm.

Reflexões finais

Este trabalho constitui uma primeira contribuição que expõe alguns elementos ou pontos de controle hipotéticos que consideramos relevantes para realizar uma análise de risco destas novas vacinas e sua gestão adequadas, que deve ser guiada por um estrito princípio de precaução e protecção da saúde pública. Entendemos que é uma contribuição limitada – devido à escassez de disponibilidade dados e, por vezes, de antecedentes publicados – mas necessária, num cenário que evolui dia a dia, a médio e longo prazo, na ampliação de efeitos adversos já reportados, e novos imprevistos, das vacinas génicas experimentais. As populações têm direito de conhecer e decidir sobre estes riscos, especialmente frente a outras opções de prevenção e vacinação que não os implicam.

As análises de risco que abordem os pontos colocados neste artigo deveriam ser parte da informação necessária para um protocolo de consentimento informado dirigido à população (Cardozo et al., 2021).

O facto de vacinar maciçamente durante uma pandemia poder acarretar problemas de fuga, por surgimento de variantes virais ou interferência viral (Vanden Bossche, 2021). No momento em que se escreve este trabalho estão surgindo uma série de reacções graves em consequência destas NV, o que nos permite colocar uma dúvida razoável e argumentada acerca de se neste contexto é pertinente este tipo de intervenção maciça, colocada a todas as idades e condições fisiopatológicas, sem identificar claramente e discriminar grupos de risco.

É relevante notar que a enfermidade causada pelo SARS-COVID-2, a COVID-19, apresenta, segundo a OMS, um índice de letalidade relativamente baixo na sua média global, comparável à da gripe comum (Ionnaidis, 2021), ainda que a taxa de letalidade seja notavelmente mais alta em algumas regiões. Este último facto está ligado, entre outros factores, à presença de co-morbilidades, maior idade na população das pessoas infectadas, entre outras causas. Por este motivo a UCCSNAL considera que, em vez de estar perante uma pandemia estamos perante uma sindemia: uma convergência sistémica de factores que debilitam o sistema imunológico.

Agosto/2021

O original encontra-se em ia904504.us.archive.org/27/items/ciencia-digna-vol-2-nro-1-agosto-2021_202109/Ciencia%20Digna%20Vol2%20Nro1%20Agosto_2021.pdf

Este artigo encontra-se em resistir.info

20/Out/21