A Ucrânia, que de facto já está na NATO, agora quer entrar
oficialmente. O parlamento de Kiev, em 8 de junho, votou maioritariamente (276
votos contra 25) uma alteração legislativa que torna
prioritário este objectivo. A sua admissão na NATO não
será senão um ato formal. A Rússia é acusada pela
NATO de ter anexado ilegalmente a Crimeia e de efectuar ações
militares contra a Ucrânia.
Portanto, se a Ucrânia entrar oficialmente na NATO, os 29 outros membros
da Aliança, com base no artigo 5º, deverão
assistir a parte atacada empreendendo a ação considerada
necessária, incluindo o uso de força armada
. Por outras palavras, deveriam entrar em guerra contra a Rússia.
O mérito de introduzir na legislação da Ucrânia o
objetivo de entrar a NATO provém do presidente do parlamento Andriy
Parubiy, cofundador em 1991 do Partido Nacional Social Ucraniano (criado
segundo o modelo do Partido Nacional-Socialista de Hitler) chefe das
formações paramilitares neonazis, usadas em 2014 no putsch da
Praça Maidan, sob a direção dos EUA/NATO e no massacre de
Odessa. Andriy Parubiy é também chefe do Conselho de Defesa e
Segurança Nacional que, com o Batalhão de Azov e outras unidades
de neonazis, atacam civis ucranianos de nacionalidade russa na parte oriental
do país e efetuam em bandos armados ferozes agressões a
militantes do Partido Comunista, devastando as suas sedes e queimando livros no
mais puro estilo nazista, Partido que entretanto vai ser colocado oficialmente
fora da lei.
Mas eis que Andriy Parubiy, nas vestes de presidente do parlamento ucraniano
(cargo lhe foi conferido graças aos seus méritos
democráticos em abril de 2016), foi recebido em 5 de junho em
Montecitorio pela presidente da Câmara, Laura Boldrini. "
A Itália salientou a presidente Boldrini sempre condenou
esta ação ilegal, operada em prejuízo de uma parte do
território ucraniano.
Com isto ela aprovou a versão da NATO segundo a qual a Rússia
teria ilegalmente anexado a Crimeia, ignorando o facto de que a escolha dos
russos da Crimeia em romperem com a Ucrânia e retornarem à
Rússia foi tomada para evitar serem atacados, como os russos do Donbass,
por batalhões de neonazis e outras forças de Kiev.
A cordial entrevista concluiu-se pela assinatura de um memorando de
entendimento que
"fortalece a ulterior cooperação parlamentar entre as duas
assembleias, quer no plano político quer no plano administrativo".
Reforça-se assim a cooperação entre a República
italiana, nascida da resistência contra o nazi-fascismo e um regime que
criou na Ucrânia uma situação similar àquela que
trouxe o advento do fascismo nos anos vinte e o nazismo nos anos trinta. O
batalhão Azov, cuja marca nazista está representada no seu
emblema decalcado do das SS Das Reich, foi entretanto incorporado na Guarda
Nacional, transformando-se numa unidade militar regular e promovido ao estatuto
de regimento de operações especiais. Nesta condição
está equipado com veículos blindados e peças de
artilharia.
Com outras formações neonazis transformadas em unidades
regulares, recebem treino dado por instrutores da 173ª
Divisão Aerotransportada dos EUA, transferidos de Vicenza para a
Ucrânia, secundados por outros instrutores da NATO.
A Ucrânia de Kiev tornou-se no "viveiro" do nazismo renascente
no coração da Europa. A Kiev confluem neonazis de toda a Europa,
incluindo da Itália. Depois de terem sido treinados e experimentados em
ações militares contra os russos da Ucrânia no Donbass,
fazem-nos voltar aos seus países. Além disto a NATO considera ter
necessidade rejuvenescer as fileiras da
Gladio
.