Um controle médico da ONU para Julian Assange
Porque o advogado britânico de Julian Assange, John Jones, morreu,
supostamente por suicídio, em Abril de 2016.
Porque o seu colega nos Estados Unidos morreu um mês depois.
Porque os Estados Unidos tentam intimidar as testemunhas Chelsea Manning e
Jacob Appelbaum.
Porque estamos, infelizmente,
sem notícias de Sarah Harrison,
que havia ajudado tanto Assange como Edward Snowden.
Porque, no que resta o actual círculo em torno de Assange, Joseph
Farrell, apresentado como o embaixador da WikiLeaks tem assento no conselho do
Centre for Investigative Journalism, o qual é financiado pela Open
Society de George Soros.
Porque uma advogada de Assange, Renata Ávila, desde 2018 é
directora executiva da Fundación Ciudadania Inteligente financiada pela
Open Society (Soros) e mesmo pela National Endowment for Democracy, fundada
durante o governo de Ronald Reagan.
Porque a Bertha Foundation, o escritório do advogado de Assange,
Jennifer Robinson, encontra-se frequentemente no mesmo tipo de campanhas de
apoio que a Open Society de Soros.
Porque George Soros reconheceu abertamente ter apoiado a
revolução laranja na Ucrânia,
a qual converge com um plano claramente ostentado pelos apoiantes do
imperialismo estado-unidense de
fragmentação do espaço ex-soviético, tendo Zbigniew
Brzezinski revelado este plano.
Porque a WikiLeaks revelou as
conivências entre Soros e a equipe de campanha de Clinton em 2016,
Porque os dirigentes dos EUA, Hillary Clinton inclusive,
não ocultam o ódio para com Julian Assange nem a
sua vontade de calá-lo para sempre.
Porque responsáveis como
George W. Bush e Dick Cheney reconheceram e justificaram a existência de
centros de detenção secretos da CIA e a prática da tortura.
Porque existem centros como
Guantánamo
que, pelo seu carácter extra-territorial, permitem escapar a qualquer
controle da justiça.
Porque o
relator da ONU sobre a tortura,
Nils Melzer, disse que Julian Assange sofria de tortura psicológica,
que o seu estado era preocupante e que podia morrer na prisão.
Porque não nos podemos contentar com o testemunho de um simples
jornalista, ainda que bem intencionado e preocupado com a saúde de
Julian Assange como
John Pilger,
para confirmar que Assange continua em Belmarsh e que não está
em perigo de morte.
Porque além deste comunicado
não temos outras notícias de Assange desde há
várias semanas.
Por todas estas razões, e sem fazer processo de intenção a
quem quer que seja nem contestar o direito de cada um de ter esta ou aquela
opinião política, nem à defesa e aos apoiantes de Julian
Assange de se organizarem como entenderem, não podemos entretanto fazer
com que a nossa confiança repouse sobre este o aquele indivíduo
participante do círculo de Julian Assange ou melhor, do que resta
dele actualmente para tomar as medidas necessárias a fim de
preservar a sua vida e a sua saúde.
Exigimos que um médico mandatado pela ONU possa entrar na prisão
de Belmarch a fim de controlar o estado de saúde de Julian Assange e
garantir-nos que ele continua detido no momento actual. Pedimos que a
entrevista e a visita sejam filmadas e que um relatório médico
muito preciso seja elaborado.
Julian Assange deve igualmente ser libertado de imediato a fim de ser cuidado
numa estrutura médica benevolente que o atenda.
É inconcebível que o ditador Pinochet tenha sido libertado por
razões de saúde enquanto Julian Assange continua sempre nas
mãos de Estados que se erigiram em polícias do mundo e cujos
crimes ele desmascarou amplamente.
[*]
Redigido com os elementos fornecidos por Véronique Pidancet
Barrière para WikiJustice Julian Assange.
O original encontra-se em
www.initiative-communiste.fr/...
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/
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