Outra Hiroshima aproxima-se se não a travarmos
já
Hiroshima e Nagasaki foram actos de assassínio em massa
premeditados que deram início a uma arma de criminalidade
intrínseca. Foram justificados por mentiras que constituem o fundamento
da propaganda de guerra dos EUA no século XXI, lançando um novo
inimigo e alvo a China.
Quando em 1967 fui pela primeira vez a Hiroshima, a sombra sobre os degraus
ainda estava ali. Era uma impressão quase perfeita de um ser humano em
descanso: pernas estendidas, cabeça inclinada, uma mão ao seu
lado enquanto aguardava a abertura de um banco.
Às oito e um quarto na manhã de 6 de Agosto de 1945, ela e a sua
silhueta foram queimadas no granito.
Olhei para a sombra durante uma hora ou mais, depois desci até ao rio
onde os sobreviventes ainda viviam em barracas.
Encontrei um homem chamado Yukio, cujo tórax fora gravado com o
padrão da camisa que estava a usar quando a bomba atómica foi
lançada.
Ele descreveu um enorme clarão sobre a cidade, "uma luz azulada,
algo como um curto-circuito eléctrico", após o qual o vento
soprou como um tornado e caiu chuva negra. "Fui atirado ao chão e
reparei que apenas os caules das minhas flores tinham ficado. Tudo estava
parado e silencioso e, quando me levantei, havia pessoas nuas, sem nada dizer.
Algumas delas não tinham pele nem cabelo. Eu tinha a certeza de estar
morto".
Nove anos mais tarde, voltei a procurá-lo e ele havia morrido de
leucemia.
Só um repórter, Wilfred Burchett, um australiano, enfrentou a
perigosa jornada até Hiroshima no rescaldo imediato do bombardeio
atómico, desafiando as autoridades de ocupação Aliadas, as
quais controlavam o "pacote da imprensa".
"Escrevo isto como uma advertência ao mundo", relatou Burchett
no London
Daily Express
de Londres em 5 de Setembro de 1945. Sentado nos escombros com a sua
máquina de escrever Baby Hermes, descreveu as enfermarias do hospital
cheias de pessoas sem lesões visíveis que estavam a morrer do que
ele denominou "uma praga atómica".
Por isso, a sua acreditação de imprensa foi retirada, ele foi
posto no pelourinho e enlameado. O seu testemunho da verdade nunca foi perdoado.
O bombardeamento atómico de Hiroshima e Nagasaki foi um acto de
assassínio em massa premeditado em massa que desencadeou uma arma de
criminalidade intrínseca. Ela foi justificada pelas mentiras que
constituem a base da propaganda de guerra da América no século
XXI, lançando um novo inimigo e alvo a China.
Durante os 75 anos desde Hiroshima, a mentira mais duradoura é que a
bomba atómica foi lançada para acabar com a guerra no
Pacífico e poupar vidas.
"Mesmo sem os ataques por bombardeio atómico", concluiu o
United States Strategic Bombing Survey de 1946, "a supremacia aérea
sobre o Japão poderia ter exercido pressão suficiente para
provocar a rendição incondicional e evitar a necessidade de
invasão. "Com base numa investigação pormenorizada de
todos os factos e apoiada pelo testemunho dos líderes japoneses
sobreviventes envolvidos, é opinião do Inquérito que ... o
Japão ter-se-ia rendido mesmo se as bombas atómicas não
tivessem sido lançadas, mesmo se a Rússia não tivesse
entrado na guerra [contra o Japão] e mesmo se nenhuma invasão
tivesse sido planeada ou contemplada".
Os Arquivos Nacionais em Washington contêm documentadas aberturas de paz
japonesas já em 1943. A nenhuma foi dado seguimento. Um telegrama
enviado em 5 de Maio de 1945 pelo embaixador da Alemanha em Tóquio e
interceptado pelos EUA deixou claro que os japoneses estavam desesperados a
rogar por paz, incluindo "capitulação mesmo se os termos
fossem duros". Nada foi feito.
O secretário da Guerra dos EUA, Henry Stimson, disse ao presidente
Truman estar "temeroso" de que a US Air Force tivesse bombardeado
tanto o Japão que a nova arma não seria capaz de "mostrar a
sua força". Stimson
admitiu mais tarde que "nenhum esforço foi feito e nenhum foi
seriamente considerado, para conseguir a rendição simplesmente a
fim de não ter de usar a bomba [atómica]".
Os colegas de política externa de Stimson a olharem mais adiante
para a era do pós-guerra que estavam então a moldar
"à nossa imagem", como o famoso planeador da Guerra Fria
George Kennan afirmou deixaram claro estarem ansiosos "por
intimidar os russos com a bomba [atómica] que mantinham ostensivamente a
tiracolo". O general Leslie Groves, director do Projecto Manhattan que
fabricou a bomba atómica, testemunhou: "Nunca houve qualquer
ilusão da minha parte de que a Rússia era nossa inimiga e que o
projecto foi conduzido com base nisso".
No dia seguinte à obliteração de Hiroshima, o presidente
Harry Truman manifestou a sua satisfação com o "sucesso
esmagador" da "experimento".
O "experimento" continuou muito depois de a guerra estar acabada.
Entre 1946 e 1958, os Estados Unidos explodiram 67 bombas nucleares nas Ilhas
Marshall no Pacífico: o equivalente a mais do que uma Hiroshima todos os
dias durante 12 anos.
As consequências humanas e ambientais foram catastróficas. Durante
a filmagem do meu documentário,
The Coming War on China
, fretei um pequeno avião e voei para o Atoll de Bikini, nas Ilhas
Marshall. Foi ali que os Estados Unidos explodiram a primeira Bomba de
Hidrogénio do mundo. Ali a terra permanece envenenada. Meus sapatos
foram registados como "inseguros" no meu contador Geiger. Palmeiras
erguiam-se em formações que não eram deste mundo.
Não havia pássaros.
Trilhei através da selva até ao bunker de betão onde,
às 6h45 da manhã de 1 de Março de 1954, foi premido o
botão. O sol, que já se havia levantado, levantou-se novamente e
vaporizou uma ilha inteira na laguna, deixando um vasto buraco negro, que visto
do ar é um espectáculo ameaçador: um vazio mortal num
lugar de beleza.
A precipitação radioactiva propagou-se rapidamente e
"inesperadamente". A história oficial afirma que "o vento
mudou subitamente". Foi a primeira de muitas mentiras, como revelam
documentos desclassificados e os testemunhos das vítimas.
Gene Curbow, meteorologista designado para monitorizar o sítio do teste,
disse: "Eles sabiam para onde iria a precipitação
radioactiva. Mesmo no dia do disparo, ainda tinham oportunidade de evacuar
pessoas, mas [as pessoas] não foram evacuadas; eu não fui
evacuado... Os Estados Unidos precisavam de algumas cobaias para estudar que
efeitos a radiação fariam".
Tal como Hiroshima, o segredo das Ilhas Marshall foi uma experimento calculado
sobre as vidas de um grande número de pessoas. Este foi o Projecto 4.1,
que começou como um estudo científico de ratos e se tornou uma
experimento sobre "seres humanos expostos à radiação
de uma arma nuclear".
Os ilhéus das Marshall que encontrei em 2015 tal como os
sobreviventes de Hiroshima que entrevistei nas décadas de 1960 e 1970
sofriam de um conjunto de cancros, habitualmente cancro da
tiróide; milhares já haviam morrido. Abortos e natimortos eram
comuns; os bebés que viviam estavam muitas vezes horrivelmente
deformados.
Ao contrário de Bikini, o atol vizinho de Rongelap não foi
evacuado durante o teste de Bomba H. Directamente na direcção do
vento de Bikini, os céus de Rongelap escureceram e choveu o que a
princípio pareciam ser flocos de novo. Alimentos e água ficaram
contaminados; e a população caiu vítima e cancros. Isto
é verdade ainda hoje.
Encontrei Nerje Joseph, que me mostrou uma fotografia sua de quando era
criança em Rongelap. Ela tinha terríveis queimaduras faciais e
grande parte do seu cabelo estava a faltar. "Estávamos a banhar-nos
no poço no dia em que explodiu a bomba", disse ela. "Um
pó branco começou a cair do céu. Consegui apanhar o
pó. Usámo-lo como sabão para lavar o nosso cabelo. Poucos
dias depois, meu cabelo começou a cair".
"Alguns de nós estavam em agonia", disse Lemoyo Abon. Outros
tinham diarreia. Estávamos terrificados. Pensámos que deveia ser
o fim do mundo".
A filmagem do arquivo oficial dos EUA que incluí no meu filme refere-se
aos ilhéus como "selvagens dóceis". Depois da
explosão, um responsável da Agência de Energia
Atómica dos EUA é visto a jactar-se de que Rongelap
"é de longe o lugar mais contaminado da terra", acrescentando:
"será interessante obter uma medida da absorção
humana quando pessoas vivem num ambiente contaminado".
Cientistas americanos, incluindo médicos, construíram carreiras
distintas a estudar a "absorção humana". Lá
estão eles a cintilar no filme, nas suas batas brancas, atentos
às suas pranchetas. Quando um ilhéu morreu na sua
adolescência, a sua família recebeu um cartão de simpatia
do cientista que o estudou.
Fiz reportagens de cinco pontos de impacto
("ground zeros")
através do mundo no Japão, nas Ilhas Marshal, em Nevada,
na Polinésia e em Maralinga, na Austrália. Ainda mais do que a
minha experiência como correspondente de guerra, isto ensinou-me acerca
da crueldade e imoralidade de uma grande potência: ou seja, a
potência
imperial,
cujo cinismo é o verdadeiro inimigo da humanidade.
Isto atingiu-me à força quando filmei no Ground Zero de Taranaki,
em Maralinga, no deserto australiano. Numa cratera semelhante a um prato estava
um obelisco sobre o qual estava inscrito: "Uma arma atómica
britânica explodiu aqui a 9 de Outubro de 1957". Na borda da cratera
estava este sinal:
AVISO: PERIGO DE RADIAÇÃO
Os níveis de radiação durante algumas centenas de metros
em torno deste ponto podem estar acima daqueles considerados
seguros para ocupação permanente.
Tanto quanto a vista podia alcançar, e mais além, o terreno
estava irradiado. Plutónio bruto espalhado como pó de talco: o
plutónio é tão perigoso para os humanos que um
terço de um miligrama dá 50 por cento de probabilidades de
cancro.
As únicas pessoas que poderiam ter visto o sinal eram indígenas
australianos, para os quais não havia nenhum aviso. Segundo um relato
oficial, se tivessem sorte "eram enxotados como coelhos".
A ameaça duradora
Hoje, uma campanha de propaganda sem precedentes está a enxotar-nos a
todos como coelhos. Não pretendemos questionar a torrente diária
da retórica anti-chinesa, a qual está rapidamente a ultrapassar a
torrente da retórica anti-russa. Qualquer coisa chinesa é ruim,
anátema, uma ameaça: Wuhan... Huawei. Quão confuso
é isto quando o "nosso" líder mais vilipendiado diz
isso.
A fase actual desta campanha começou não com Trump, mas com
Barack Obama, o qual em 2011 foi à Austrália para declarar a
maior acumulação de forças navais americanas na
região da Ásia-Pacífico desde a Segunda Guerra Mundial.
Subitamente, a China era uma "ameaça". Isto era um disparate,
naturalmente. O que era ameaçado era a incontestada visão
psicopática da América como a nação mais rica, mais
bem sucedida, mais "indispensável".
O que nunca esteve em causa foram suas proezas como valentão com
mais de 30 membros das Nações Unidas a sofrerem alguma
espécie de sanções americanas e um rastro de sangue a
correr por indefesos países bombardeados, com governos derrubados, com
eleições interferidas e recursos saqueados.
A declaração de Obama ficou conhecida como o "pivô
para a Ásia". Uma de suas principais defensoras foi a sua
secretária de Estado, Hillary Clinton, a qual, como revelou a WikiLeaks,
queria renomear o Oceano Pacífico como "o Mar Americano".
Enquanto Clinton nunca ocultou o seu belicismo, Obama era um maestro do
marketing. "Afirmo claramente e com convicção", disse o
novo presidente em 2009, "que o compromisso da América é
buscar a paz e a segurança de um mundo sem armas nucleares".
Obama aumentou os gastos com ogivas nucleares mais rapidamente do que qualquer
presidente desde o fim da Guerra Fria. Uma arma nuclear
"utilizável" foi desenvolvida. Conhecida como B61 Modelo 12,
significa, segundo o general James Cartwright, ex-vice-presidente do
Estado-Maior Conjunto, que "tornar mais pequena [torna o seu uso] mais
pensável".
O alvo é a China. Hoje, mais de 400 bases militares americanas quase
circundam a China com mísseis, bombardeiros, navios de guerra e
armas nucleares
. Do norte da Austrália, passando pelo Pacífico, ao sudeste
asiático, ao Japão e à Coreia, passando pela
Eurásia, ao Afeganistão e à Índia, as bases formam,
como me disse um estratega americano, "o laço perfeito".
O impensável
Um estudo da RAND Corporation a qual, desde o Vietname, tem planeado
guerras dos EUA intitula-se
Guerra com a China: Considerando muito bem o impensável
(War with China: Thinking Through the Unthinkable).
Encomendado pelo US Army, os autores evocam o berro infame do seu estratega
chefe da Guerra Fria, Herman Kahn "pensar o
impensável". O livro de Kahn,
Sobre a Guerra Termonuclear (On Thermonuclear War),
elaborava um plano para uma guerra nuclear "vencível".
A visão apocalíptica de Kahn é partilhada pelo
secretário de Estado de Trump, Mike Pompeo, um fanático
evangélico que acredita no "êxtase do Fim"
("rapture of the End").
Ele talvez seja o mais perigoso dos homens vivos. "Eu era director da
CIA", gabava-se ele, "Nós mentimos, trapaceámos,
roubámos. Era como se tivéssemos cursos de treino
completos". A obsessão de Pompeo é a China.
A etapa final do extremismo de Pompeo raramente, se é que alguma vez,
é discutida nos media anglo-americanos, onde os mitos e
falsificações acerca da China são o cardápio
corrente, bem como as mentiras sobre o Iraque. Um racismo virulento é o
sub-texto desta propaganda. Classificados como "amarelo", muito
embora fossem brancos, os chineses são o único grupo
étnico que foi banido por uma "lei de exclusão" de
entrar nos Estados Unidos, por serem chineses. A cultura popular declarou-os
sinistros, inconfiáveis, "dissimulados", depravados, doentes,
imorais.
Uma revista australiana,
The Bulletin,
dedicou-se a promover o medo do "perigo amarelo" como se toda a
Ásia estivesse prestes a cair sobre as colónias apenas de brancos
pela força da gravidade.
Como escreve o historiador Martin Powers, reconhecer a modernidade da China, a
sua moralidade laica e as "contribuições ao ameaçado
pensamento liberal confrontam a Europa, de modo a tornar-se necessário
suprimir o papel da China no debate do Século das Luzes .... Durante
séculos, a ameaça da China ao mito da superioridade ocidental
tornou-a um alvo fácil como chamariz racial".
No
Sydney Morning Herald,
o incansável inimigo da China Peter Hartcher descreveu aqueles que
espalham influência chinesa na Austrália como "ratos, moscas,
mosquitos e pardais". Hartcher, que cita favoravelmente o demagogo
americano Steve Bannon, gosta de interpretar os "sonhos" da actual
elite chinesa, dos quais ele aparentemente tem conhecimento privado. Estes
são inspirados por nostalgias do "Mandato do Céu" de
2.000 anos atrás.
Ad nauseam.
Para combater este "mandato", o governo australiano de Scott Morrison
encomendou a um dos países mais seguros do mundo, cujo principal
parceiro comercial é a China, mísseis americanos no valor de
centenas de milhares de milhões de dólares que podem ser
disparados contra a China.
O gotejamento já é evidente. Num país historicamente
marcado pelo racismo violento contra asiáticos, australianos de
ascendência chinesa formaram um grupo vigilante para proteger os
entregadores em motocicleta. Vídeos telefónicos mostram um
entregador esmurrado na cara e um casal chinês abusado racialmente num
supermercado. Entre Abril e Junho, houve quase 400 ataques racistas contra
australianos de origem asiática.
"Nós não somos seu inimigo", disse-me um estratega de
alto nível na China, "mas se vocês [no Ocidente] decidir que
somos, devemos nos preparar sem demora". O arsenal da China é
pequeno em comparação com o dos Estados Unidos, mas está a
crescer rapidamente, especialmente o desenvolvimento de mísseis
marítimos concebidos para destruir frotas de navios.
"Pela primeira vez", escreveu Gregory Kulacki da Union of Concerned
Scientists, a China está a discutir colocar seus mísseis
nucleares em alerta máximo de modo a que possam ser lançados
rapidamente diante do aviso de um ataque... Isto seria uma mudança
significativa e perigosa na política chinesa..."
Em Washington, conheci Amitai Etzioni, ilustre professor de assuntos
internacionais da Universidade George Washington, que escreveu que estava
planeado um "ataque cego à China", "com ataques que
poderiam ser erroneamente percebidos [pelos chineses] como tentativas
preventivas de excluir suas armas nucleares, encurralando-os assim num
terrível dilema de utilizá-las ou perdê-las [que levaria]
à guerra nuclear".
Em 2019, os EUA encenaram seu maior exercício militar único desde
a Guerra Fria, grande parte dele em alto segredo. Uma armada de navios e
bombardeiros de longo alcance ensaiou um "Air-Sea Battle Concept for
China" (ASB) bloqueando vias marítimas no Estreito de Malaca e
cortando o acesso da China ao petróleo, ao gás e a outras
matérias-primas do Médio Oriente e da África.
É o medo de um tal bloqueio que fez a China desenvolver a sua Iniciativa
Belt and Road ao longo da antiga Rota da Seda para a Europa e construir
urgentemente pistas de aterragem estratégicas em recifes e ilhotas
disputadas nas Ilhas Spratly.
[NR]
Em Xangai, conheci Lijia Zhang, uma jornalista e romancista de Pequim,
típica de uma nova classe de personalidades independentes. Seu livro
mais vendido tem o título irónico de
Socialismo é ótimo! (Socialism Is Great!)
Tendo crescido na caótica e brutal Revolução Cultural,
ela viajou e viveu nos EUA e na Europa. "Muitos americanos imaginam",
disse ela, "que o povo chinês vive uma vida miserável,
reprimida e sem qualquer liberdade. A [ideia do] perigo amarelo nunca os
abandonou... Eles não fazem ideia de que há cerca de 500
milhões de pessoas sendo retiradas da pobreza, e alguns diriam que
são 600 milhões".
As conquistas épicas da China moderna, sua derrota da pobreza em massa e
o orgulho e contentamento do seu povo (medido por pesquisadores americanos como
a Pew) são voluntariamente desconhecidos ou mal compreendidos no
Ocidente. Isto por si só é uma confirmação do
lamentável estado do jornalismo ocidental e do abandono da reportagem
honesta.
O lado negro repressivo da China e do que gostamos de chamar o seu
"autoritarismo" são a fachada que nos permitem ver quase
exclusivamente. É como se fôssemos alimentados com
histórias intermináveis do malvado super-vilão Dr. Fu
Manchu. E é hora de perguntarmos porquê: antes que seja
demasiado
tarde para impedir a próxima Hiroshima.
03/Agosto/2020
[*]
Jornalista e director de cinema, australiano. Ver
www.johnpilger.com
[NR]
Acerca das Spratly ver
O cerne da questão no Mar do Sul da China
O original encontra-se em
Consortium News
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Este artigo encontra-se em
https://resistir.info/
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